quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Amamos as coisas porque são belas ou são belas porque as amamos?

Do amigo Pedro, no Brasil:

esquivo de mim - 04

Nós amamos as coisas belas porque são belas? Ou nós as amamos e as tornamos belas num ato só? Com mais precisão, St. Agostinho fazia-se a pergunta numa retórica fecunda: amamos as coisas porque são belas ou são belas porque as amamos? Os imbróglios existenciais tornam-se cada vez mais esquivos. Esquivos é plural assintomático. Duma esquivagem ou esquivadez assintomática. Fartura ou escassez? Opina-se pela inexistência de estados intermédios. Pobreza de raciocínio. Encontrar-se em processo de desova existencial é duma precariedade crua. Também risível. – Por favor, vigie a porta, pois não tenho a chave... vou precisar de examinar, em privado, o paciente. Tenho a regra sagrada: todo o humor é auto-crítica. Deveria sê-lo. Não posso recuar mais. Nem muito menos ficar acuado. Não posso fazer o que me apetece. Mas posso escolher – imaginação fértil - o café da manhã. Um café da manhã: sem café; com chá; muitas frutas; e o indispensável bom pão. Também poderá haver lugar para ‘beijus’ quentinhos ou ‘cuscuz’ com manteiga (margarina não). Em cada pequeno-almoço deslizamos com mais suavidade até ao nosso fim. Fim que será a veracidade do esplendor da beleza contemplada sem apreensão. “A beleza salvará o mundo” (Dostoiévski). Esquivo diante da Cruz? Quem fica de pé, quem baixa a cabeça ou quem vai embora? No fundo, Quem é Quem, diante da Cruz? Só a Bondade da Beleza salvará o mundo.

Pedro José (aqui, no dia 11 de Fevereiro)

1 comentário:

Anónimo disse...
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