Bento XVI escreve na “Caritas in veritate”:
“A verdade é «lógos» que cria «diá-logos» e, consequentemente, comunicação e comunhão. A verdade, fazendo sair os homens das opiniões e sensações subjectivas, permite-lhes ultrapassar determinações culturais e históricas para se encontrarem na avaliação do valor e substância das coisas”.
Para o Papa, a verdade não pode nunca ser opressora (“libertará”, diz o evangelho), ao contrário do relativismo. Mas será igualmente válidas as palavras de Bonhoeffer. Um outro alemão, Kant, disse que se alguém me perguntar onde está fulano, para o matar, eu, se souber, devo mentir.
“Aquele que pretende dizer toda a verdade, por toda a parte e em todos os momentos, é um cínico, que exibe somente um apagado simulacro da verdade. Cingindo-se com a auréola de fanático da verdade, que não pode ter em atenção as fraquezas humanas, ele destrói a verdade viva entre os homens. Ele ofende o pudor, profana o mistério, viola a fé, trai a comunidade em que vive e sorri com arrogância sobre as ruínas que causou e sobre a fragilidade humana, que não aguenta tal verdade”.
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