segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

15 de Fevereiro de 1775. É eleito Pio VI

Pio VI (Giovanni Angelo Braschi) foi eleito no dia 15 de Fevereiro de 1775 (nasceu em Cesena, Itália, no dia 25 de Natal de 1717, e morreu em Valença do Ródano, França, no dia 29 de Agosto de 1799). Foi o Papa da Revolução Francesa.

Impulsionou obras importantes em Itália (como a drenagem de pântanos) e opôs-se às intromissões eclesiais de José II da Áustria. Sofreu o embate da Revolução Francesa, feita contra o rei, a nobreza e o clero. Sobre a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”, Pio VI afirmou: "Há alguma coisa mais disparatada do que declarar uma tal igualdade e liberdade para todos?"

Pio VI morreu em França, depois de um penosa viagem pela Itália, quando estava em poder dos revolucionários. Consta que perdoou os algozes. Os seus restos repousam no Vaticano.

João Paulo II escreveu em 1999, no segundo bicentenário da morte deste Papa, uma mensagem dirigida ao bispo de Valença:

Os últimos meses de Pio VI foram o seu caminho de cruz. Com mais de oitenta anos, gravemente atingido pela doença, ele foi arrancado da sede de Pedro. Em Florença pôde gozar durante algum tempo duma relativa liberdade, que lhe permitiu exercer ainda a sua responsabilidade de Pastor universal. Depois, foi obrigado a atravessar os Alpes pelos caminhos nevados. Chegou a Brainçon, em seguida a Valença, onde a morte pôs termo à sua viagem terrestre, fazendo com que alguns acreditassem que com ela acabassem a Igreja e o papado. Convém recordar aqui a palavra de Cristo a Pedro, que corresponde àquilo que viveu o Papa Pio VI nesse ano de 1799: «Quando fores velho, estenderás as tuas mãos e outro te cingirá e te levará para onde tu não queres» (Jo 21, 18).

Pio VI aceitou a provação com serenidade e na oração, e no momento da sua morte perdoou aos seus inimigos, suscitando-lhes assim admiração. Entretanto, aos seus sofrimentos físicos acrescentou-se um tormento moral a respeito da situação eclesial. Apesar dos transtornos que a França então atravessava, ele recebeu numerosos e comovedores sinais de respeito, de compaixão e de comunhão na fé por parte das pessoas simples, ao longo de todo o caminho, em Briançon, Grenoble e Valença. Por mais humilhado que tenha sido o pai comum dos fiéis, como lhe chamava o poeta Paul Claudel, era reconhecido e venerado pelos filhos e filhas da Igreja. Este acolhimento simples e afectuoso naquelas circunstâncias dramáticas, é uma consolação para todos.

A mensagem de João Paulo II pode ser lida na íntegra aqui.

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