O franciscano Manuel Costa Freitas (1928-2010) rezava a “São Nietzsche”. Compreende-se. Fazia-o na linha de Francisco de Assis, que chamava irmão/irmã ao lobo, à lua, à noite, à água, à morte. Na verdade, geralmente os ateus não acreditam no Deus em que também os não devem acreditar. O ateísmo tem, pode ter, um sentido purgante positivo.
“Quando Costa Freitas explicava, em algumas aulas, o ateísmo de Nietzsche, definia-o como “aliado da experiência cristã contra os ‘alapados e vendilhões’”. E acabava, “entre o sério e o provocador”: “São Nietzsche, ora pro nobis” [rezai por nós]”, escreve António Marujo no Religionline.
Sem comentários:
Enviar um comentário