domingo, 8 de novembro de 2009

8 de Novembro de 1308. Morre João Duns Escoto

João Duns Escoto (ou Scot ou Scotus) nasceu em 1265, na Escócia (e daí o seu nome “Scot”; Duns fica na fronteira entre a Escócia e a Inglaterra; mas também há quem diga que nasceu em Ulster) e morreu no dia 8 de Novembro de 1308, em Colónia, depois de ter sido professor em Oxford e Paris. Foi beatificado no dia 20 de Março de 1993 por João Paulo II.

Franciscano, logo na linha de Boaventura e mais agostiniano, Escoto começa a quebrar o equilíbrio fé/razão de Tomás de Aquino (1225-1274). Se para Tomás, fé e razão (ou Teologia e Filosofia) não podem contradizer-se (contra a possibilidade das duas verdades sobre uma mesma coisa, como alguns medievais chegavam a dizer perante as diferenças entre a Bíblia e Aristóteles) e devem cooperar na busca da verdade, para Escoto, Filosofia e Teologia seguem caminhos independentes, autónomos. A Teologia não precisa da Filosofia nem a Filosofia da Teologia, diria Escoto (contra Tomás). Nesta sequência surgirá o fideísmo (ainda mais claro com Ockham) e também o valor dado à experiência para conhecer a realidade. Cada indivíduo tem em si uma essência única, que o torna exactamente esse indivíduo ou essa coisa, a “haecceitas”. A “essência universal é diferente… da peculiaridade individual”, escreveu. Não há universais. Só indivíduos.

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