Em “A Obsessão do Fogo” (de Eco e Carrière, na Difel), Umberto Eco aponta entre muitos exemplos de loucuras literárias “um certo Madrolle que trata da teologia dos caminhos-de-ferro”.
Não sei quem terá sido o sr. Madrolle (mas talvez a grande teia nos diga algo. E diz. Antoine Madrolle viveu no séc. XIX e ficou impressionado com um acidente ferroviário de que não houve sobreviventes. Era um profeta da desgraça. Aqui), no entanto, não me parece totalmente descabido que se faça uma teologia dos caminhos-de-ferro, como poderia – poderá – haver uma teologia do desporto, do trabalho, dos tempos livres, da cultura, das férias, dos transportes, de um determinado autor… as chamadas teologias do genitivo.
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