A deusa Europa com o touro (Zeus) que a quer raptar
Já aqui havia referido Pio II, o papa humanista, que dizia que uma coisa é o homem antes de ser papa e outra é o sucessor de Pedro – o que tanto é uma boa desculpa para a incoerência como a simples constatação de que novas responsabilidades implicam novas perspectivas.
Voltei a dar com ele em “Deus e a Europa”, de Jean Boissonnat (Gráfica de Coimbra). Vem nas páginas 41-42: “O Papa Pio II (1405-1464) tenta constituir esta unidade europeia projectando uma nova cruzada após a queda de Constantinopla. Fracasso total, os príncipes têm a cabeça noutro lado. Ele tenta também convencer Maomé II da oportunidade de uma aproximação, sonhando realizar com ele o que os cristãos do Império tinham conseguido com Constantino no século IV, convertê-lo. Se o sultão aceitar, o Papa promete-lhe a «admiração de toda a Grécia, de toda a Itália, de toda a Europa». A palavra Europa tinha sido lançada. Pio II será o primeiro Papa a utilizar tão frequentemente o substantivo «Europa» e o adjectivo «Europeu». Pode dizer-se que Deus fez a Europa através da cristandade e que um Papa lhe deu o seu nome”.
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