Um homem está sentado na praia quando vê deus, que lhe diz:
— Podes fazer-me uma pergunta, uma só, e dar-te-ei a resposta. Mas pensa bem na pergunta que queres fazer, pois não poderás fazer outra.
O homem pensa durante algum tempo, considerando as opções possíveis, desde as perguntas da praxe — qual o sentido da vida, há civilizações extraterrestres? etc. — até coisas de maior relevância prática, como a cura do cancro ou a solução para a fome no mundo.
Não sendo capaz de se decidir, algo aflito, o homem tem subitamente uma ideia. Sorri, satisfeito com a própria argúcia.
— Então — interpela deus — já te decidiste?
— Sim.
— Coloca então a tua pergunta.
— Qual o par ordenado, composto pela melhor pergunta que lhe poderia fazer mais a resposta a essa pergunta?
Deus respondeu:
— É o par ordenado composto pela pergunta que acabaste de fazer e a resposta que acabo de dar.
E desapareceu.
A anedota filosófica veio daqui. Leiam-se também os comentários.
Nota: Mantive "deus" com minúscula. Se a anedota fosse minha, mesmo sendo anedota, estaria com maíuscula. Alguns ateus, no tempo dos dois blocos, escreviam "Deus" com minúscula e "KGB" com três maiúsculas. E há uma jornalista/cronista no DN que também escreve "Deus" com minúscula. Mas não sei como escreve "KGB".
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