“A tendência para comprar é uma grande armadilha da vida espiritual, e de modo especial nos nossos dias, em que grande parte da nossa cultura nos leva a pensar que se ao menos fossemos outra pessoa – mais bonita, mais instruída, com mais dinheiro – seríamos mais felizes. A única coisa que precisamos de fazer é sermos diferentes daquilo que somos.
Porque é que isto é uma tentação tão perigosa? Por muitas razões. Primeiro porque nos leva ao desespero, encurralados na forma falsa como vemos a vida das outras pessoas, denegrimos a nossa própria vida, e assim desvalorizámo-nos a nós mesmos. E como é sempre mais fácil imaginar a vida de «fantasia» do outro, continuamos teimosamente insatisfeitos com a nossa. A tendência para comparar conduz-nos, em última análise, ao desespero, visto que a nossa vida real nunca se pode comparar com as perfeições aparentes (mas falsas) da vida das outras pessoas. Há um ditado inglês muito expressivo que descreve estas situações: «Compara e desespera»” (pág. 47-48 de “Torna-te aquilo que és”, de James Martin, ed. Paulinas).
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