sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Patrono dos jornalistas e escritores católicos

Francisco de Sales é padroeiro dos jornalistas e escritores católicos, mas não foi jornalista. Foi bispo. Nasceu no castelo de Sales, na Sabóia (França), a 21 de Agosto de 1567. E morreu no dia 28 de Dezembro de 1622, em Lyon. Aos 32 anos foi nomeado bispo de Genebra (Suíça), uma cidade difícil por ser a pátria do calvinismo. Como bispo, distinguiu-se por ter fundado a Ordem da Visitação (com Joana Francisca de Chantal) e pelas suas palavras escritas. “Introdução à Vida Devota” é o seu livro mais conhecido. Este “manual de vida cristã” teve durante a vida do autor mais de 40 edições. Um grande sucesso, tal como os seus 4 mil sermões e 21 mil cartas.

A popularidade de Francisco de Sales deveu-se com certeza ao seu optimismo perante a vida. Os protestantismos, quer o luterano quer o calvinista, são pessimistas sobre a condição humana. Ora, Francisco de Sales realçou a dignidade humana, talvez por ter tido uma visão do inferno aos 18 anos e se ter agarrado à fé para a ultrapassar o desespero de se sentir condenado. Como alguém disse, no seu ministério, soube conjugar o “fundo evangélico” com os “ideais renascentistas que valorizavam a pessoa humana como sede de sabedoria”.

É de Francisco de Sales uma frase muito citada: “A medida do amor é amar sem medida”. E foi ele o primeiro santo a ser canonizado na Basílica de São Pedro (1662), tal como nele se inspirou João de Bosco para criar a congregação salesiana.

No início de 1923, por ocasião do terceiro centenário da morte, foi proclamado patrono dos jornalistas e dos escritores cristãos por Pio XI, na encíclica “Rerum Omnium”. Escreve o Papa: “É nosso desejo que os maiores frutos deste solene centenário sejam alcançados pelos jornalistas e escritores que expõem, difundem e defendem as doutrinas da Igreja. É necessário que, nos seus escritos, imitem e mostrem permanentemente aquela força misturada com moderação e caridade que era característica tão especial de São Francisco de Sales”. Força, moderação e caridade. O jornalismo continua a precisar destas qualidades.

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