Vladimir Volkoff, no instrutivo “Pequena História da Desinformação. Do Cavalo de Tróia à Internet” (Editorial Notícias, 2000), diz a certa altura (pág. 21), de passagem: “Se as impressões concordam demasiado bem, é suspeito. Para mim, são as contradições entre os quatro evangelistas que me fazem acreditar na sua veracidade e a Igreja tem toda a razão em apresentar-nos versões parcialmente divergentes do que considera ser a verdade”.
Distinguindo propaganda, publicidade e desinformação, apresentando conceitos e casos e desmontando estratégias ("a posteriori"), esta “pequena história da desinformação” é preciosa para compreender o mundo actual, onde abundam as teorias da conspiração e a desorientação informativa. Neste blogue espero apontar algumas referências à fé cristã e aos seus protagonistas. O livro aborda a desinformação na Igreja somente de passagem, mas o autor tem uma grande cultura cristã, pelo que espalha pelos seus textos uma ou outra alusão ao universo cristão. Como esta: “Sobretudo na época em que o KGB era o principal artífice na matéria [desinformação], era fácil ver desinformadores por todo o lado, como outros viam judeus, maçons ou jesuítas, perdão, eu actualizo: membros da Opus Dei” (pág. 24).
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