(Primeiro parágrafo) "Há quinhentos anos para cá, os que se intitulam «espíritos livres» por terem desertado da Milícia pelos Ergástulos anseiam por assassinar Jesus pela segunda vez – por matá-lo no coração dos homens."
História de Cristo | Título original Storia di Cristo | Giovanni Papini | Livros do Brasil, 2006, 422 páginas
Giovanni Papini (1881-1956) nasceu em Florença. Começou por ser céptico e ateu e acabou católico, refugiado num convento de Viena, após o fim de Mussolini, de que fora apoiante e que lhe valera o lugar de professor universitário em Bolonha. Fundou a revista “Leonardo” e “L’Anima” e escreveu para “Il Regno” e para o “Corriere della Sera”. Principais obras: “História de Cristo”, de 1935, “Il crepuscolo dei filosofi”, "Gog", “O Diabo”, “Cartas aos Homens do Papa Celestino VI” e “Relatório sobre os homens”. Devido ao seu fascismo e anti-semitismo, Papini está “injustamente esquecido”, na expressão de Jorge Luís Borges. Ainda não é politicamente correcto citá-lo, mas a “História de Cristo” é, apesar de tudo, um clássico do pensamento católico do século XX.