Bento Domingues assinala no “Público” de hoje os 500 anos do nascimento de João Calvino (Noyon, 10 de Julho de 1509 — Genebra, 27 de Maio de 1564). Nota que foi traduzido para português, pela Universidade Lusófona a “Breve Introdução Cristã”, obra fundamental do reformador francês; realça que os reformadores pretendiam trabalhar na reforma da Igreja, mas dentro do catolicismo e sob a autoridade do Papa, e que as figuras de Lutero e Calvino foram injustamente denegridas pelos católicos; e deixa algumas sugestões para o diálogo ecuménico actual:
“O diálogo ecuménico exige rever questões histórico-teológicas, mas não as pode rever como se procurasse voltar ao século XVI. Seria anacrónico e já não tem remédio. Importante seria ver o que há de futuro nessas problemáticas, nesses encontros e desencontros. O verdadeiro ecumenismo só pode ser realizado perante os desafios que afectam a missão presente das Igreja na luta contra situações de exploração intolerável, seja onde for. Se as Igrejas cristãs não se quiserem deixar interfecundar na busca de caminhos de evangelização, não podem pretender ser o sal da terra e a luz do mundo.