(Primeiro parágrafo:) «Quem dizem os homens que eu sou?» Essa pergunta de Jesus a seus discípulos ressoa através dos séculos até hoje e possui a mesma actualidade como quando foi colocada pela primeira vez em Cesaréia de Filipe (Mc 8,29). Todo homem que alguma vez se interessou por Cristo não pode se esquivar a semelhante questionamento. A cada geração cabe responde dentro do contexto de sua compreensão do mundo, do homem e de Deus».
Jesus Cristo Libertador | Leonardo Boff | Vozes, 1972, 286 páginas
Começar um livro (ou um artigo) sobre Jesus com a pergunta “Quem dizem os homens que eu sou” é um lugar lugar comum. E pode ser não eclesialmente correcto (!) considerar um clássico a obra de um teólogo que abandonou o sacerdócio. Mas este livro apresenta um Jesus Cristo comprometido no seu tempo, um Jesus que morre como consequência de uma vida que não podia deixar de ser um escândalo. Mas morre para a libertação da humanidade. E isso é da teologia mais ortodoxa que há. Leonardo Boff (Concórdia, Brasil, 1938) foi frade franciscano de 1959 a 1992. Diz que nunca abandonou a Igreja. Tem mais de 60 livros publicados e continua a dar conferências, principalmente no Brasil, onde vive com a educadora popular Márcia Miranda.