quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

O PCP, os católicos e a Igreja

Hoje, em Coimbra, fala-se de "PCP, os católicos e a Igreja", com Edgar Silva e Sérgio Dias Branco. Parece uma coisa dos anos 60. É capaz de aparecer por lá um intelectual de óculos redondinhos, saído de uma carvena e com uma calhamaço de Lenine, mais meia dúzia de católicos ingénuos. Desculpem o oxímoro. Um católico mais depressa deve ser cético do que ingénuo - ou mesmo dogmático, como é o PCP. Mas católicos que ainda pensem numa relação com o PCP e o comunismo em geral (com como o temos no PCP), só podem ser ingénuos. E pouco católicos.

Reparem: os católicos têm tantas inseguranças, tantas dúvidas, tantas falhas, tantas misérias. É tudo o contrário do PCP, onde tudo é perfeito e sempre foi e será.

Eu admito que os católicos possam dialogar com o PCP e o Comunismo e que haja católicos genuinamente comunitários e de preocupações socializantes, como devem ser em geral. Podem dialogar e até aliar-se por terem "inimigos comuns". Imaginemos um país de ditadura de direita. Comunistas e católicos tendem a aliar-se. Ou mesmo em Portugal. Na questão da eutanásia, PCP e católicos assumiram a mesma posição.

De resto... um católico nunca deve abdicar da liberdade de consciência, da defesa da democracia (no mínimo), da propriedade privada, do destino universal dos bens, da defesa da liberdade dos povos, da liberdade de mercado, da relação fé-razão, da preponderância da sociedade civil, da subsidiariedade... Além de que não pode aceitar o materialismo dialético, o antiamericanismo primário, a estatização da economia e da sociedade, a ditadura do proletariano e as putinices em geral.



  

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