sexta-feira, 28 de março de 2014

Museus que querem ser igrejas e igrejas que são maus museus

No utilíssimo "Religião para ateus", Alain de Botton propõe uma reorganização dos museus - uma reinvenção - para que passem a ser lugares que "usam objetos belos para tornar-nos bons e sábios". "Só então - escreve - os museus poderão afirmar que cumpriram devidamente a nobre mas ainda elusiva ambição de se tornarem as novas igrejas".

Se o filósofo imagina que numa espiritualidade ateia os museus podem ser os lugares que "usam objetos belos para tornar-nos bons e sábios", quer dizer no contexto cristão as igrejas têm tal função. E de facto, toda a tradição, principalmente católica, foi construída neste pressuposto da ligação entre o visível e o invisível. Analogia do ser - diria a tradição tomista. Uma questão, porém, impõe-se: Quantas igrejas hoje cumprem tal função? E outra: Quais os cristãos que sabem ler o espaço da igreja, as suas imagens, a sua história? E outra, ainda: Quais os pastores que ajudam nesta leitura, quer por saberem ler as imagens, quer pelas celebrações (e homilias), participando no movimento geral de "pela beleza até Deus"?

23 comentários:

Anónimo disse...

Promoção da idolatria. Deus é invisível, não tem forma, não tem género.

João Amaro Correia disse...

Facilmente se explica a primeira: o modernismo, ideologia hegemónica da academia de arquitectura, é ateu. Mas há excepções. E logo do Corbusier e do Siza, dois comunas, contrutores de beleza.

Quanto à segunda, tem sido muito esse o trabalho pastoral do Pe. Tolentino.


jac

João Amaro Correia disse...

Facilmente se explica a primeira: o modernismo, ideologia hegemónica da academia de arquitectura, é ateu. Mas há excepções. E logo do Corbusier e do Siza, dois comunas, contrutores de beleza.

Quanto à segunda, tem sido muito esse o trabalho pastoral do Pe. Tolentino.


jac

Anónimo disse...

Infelizmente a fé de muitos vive nessa dependência dos programa e horários dos museus espirituais em que se transformaram a maior parte dos espaços onde as comunidades cristãs se reúnem! Não é por acaso que os que ali se “encontram” estão sentados virados de costas uns para os outros basta ver a disposição dos bancos desses espaços! E ainda há quem chame a esses encontros “comunhão”! Se encontrarem o rosto do irmão que está sentado ao lado no banco já é uma “glória” para o suposto encontro porque a coisa acontece (quando acontece!) feita de relance assim meio envergonhada e que acaba por ser penitenciada no tal “abraço da paz” que rapidamente se dilui no fim desses encontros nos repetidos ignorares já no exterior daquele que se saudou há pouco lá dentro (salvam-se os amigos mais chegados do grupo restrito nas conversas habituais dos pátios das cantigas paroquias!)! Enfim que continuem então a manter-se esses museus com horário de encerramento e abertura não vá o Espírito Santo esquecer-se de assinar o ponto na entrada e na saída do trabalho!

Anónimo disse...

Ora aí está. Esta é a agenda do autor do blogue. Percebo onde quer chegar. Parabéns.

Anónimo disse...

2:46 da tarde SUBSCREVO!

Anónimo disse...

Museu Abade de Baçal exemplo de museu que quer ser Igreja ou armar-se em tal

Anónimo disse...

Olho agora mais atento interiormente para as questões levantadas no post e fico preso a tantas perguntas também! Realmente como pode o olhar de alguém que tem os sentidos “castrados” por forças exteriores que manipulam as “dioptrias” dessas lentes culturais/espirituais que na sua visão mais soft têm desencarnado a própria “beleza de Deus” como pode tal ser escapar à cegueira que lhe é imposta pelas leituras e visões de alguns iluminados que se apropriaram da Palavra Criadora desviando-lhe todos os cursos dessa Água Viva que por eles corre e que poderiam levar os outros a descobrir esse Oceano infinito onde reside toda a beleza que é Deus!

Não me surpreende pois tantos canais construídos por mente e mão humana a desviar esses cursos que nos poderiam levar à compreensão da verdadeira beleza em Deus e por Deus! Mas como somos rebeldes incuráveis toca a reduzir ou fazer depender as “distâncias” da “beleza” que nos leva a Deus ou Ele até nós a espaços físicos a matérias inertes moldadas em forma humana ou a rituais organizados/estruturados/vividos e que apenas só conseguem afastar-nos ainda mais da dimensão real do Belo em Deus! E Ele com a sua infinita paciência lá nos vai dizendo:

Procuras realmente descobrir a beleza em Mim e por Mim? Então porque não começas pelo teu Irmão/Irmã!

Anónimo disse...

Parabéns ao post anterior pela frontalidade da verdade que expõe.

Anónimo disse...

300 mil em Fátima de costas uns para os outros... 300 mil que serão todos tolos??? Balentes.

Anónimo disse...

7:28 da tarde “tolos” não serão mas gente faminta e cheia de sede de respostas aos seus problemas serão seguramente! O problema é que em vez de ali encontrarem respostas essa pobre gente encontra naquele espaço que por sinal está bem delimitado/sinalizado como quem já vai avisando a quem chega que ali a Graça também é delimitada e só acontece dentro desses limites esses eternos “tanques de betseda” que pululam pelo terreno religioso ainda hoje onde como acontecia com o outro é preciso esperar que um “anjo” para que então se movam as águas do imprevisível e algum “paralítico espiritual” (as maiores doenças ali são as paralisias interiores) lá consiga arrastar-se por aquele solo a brilhar de tanto arrastar de joelhos e finalmente mergulhe na Graça do Pai onde seguramente encontrará uma resposta aos seus anseios porque estou certo que não há nenhum tanque religioso que impeça o ES de actuar ainda que os apregoadores de serviço vociferem anátemas contra aqueles que lhes alteraram o programa organizado dos milagres para que de uma vez por todas as doenças que ali se atraem e se reproduzem como aquele paralítico /estava ali à 38 anos junto de outros tantos imaginem/ possam finalmente começar a ser saradas e assim esses filhos de Deus consigam caminhar pelo próprio pé sem precisarem dessas muletas fabricadas de tantos enganos e enredos e atirem para bem longe das suas vidas todas essas enxergas tecidas pelas doutrinas dos donos dos tanques!

Não me vou alongar mais 7:28 da tarde muito fica por dizer sobre essas dinâmicas dos novos “tanques de betseda” que negam escandalosamente todo o caminho da Redenção e que continuam de uma forma bizarra a exercer uma espécie de magnetização sobre essas pessoas com as mesmas “enfermidades” unindo-as nos mesmos lamentos e gemidos no mesmo lugar enquanto outros que ali guiam e orientam essas multidões vão se alimentando dessas agonias humanas mas que sem sombra de dúvidas estarão muito mais doentes dos que ali arrastam a vida! Enfim “Lucrum unibus est alterius damnum.”

Anónimo disse...

Só um último detalhe 7:28 da tarde sabe (sim sabe ora/ ora) que o significado de “Tanque de Betseda” é “Casa da Misericórdia”! Imagine uma Misericórdia feita mesmo à medida doutrinária dos donos do tanque! Isto há cá cada coincidência!

Anónimo disse...

“300 mil em Fátima” imaginem! Eu tomei nota das suas “contabilidades” não desanime 7:28 da tarde pena é que esteja a faltar da parte de quem vende essa “terra prometida dos milagres” um estudo sociológico sério sobre esses movimentos de multidões quando as crises económicas assolam as nossas sociedades ainda muito enraizadas pelo religioso como é o nosso país ainda com uma mente muito paroquial onde há miséria sim senhor mas notas pregadas nas saias dos santos que vão nos andores é coisa que não falta por essas romarias mesmo que falte o pão lá em casa para os filhos!

Anónimo disse...

Vir dizer que 300 mil saem de lá sem respostas... Só pode ser tanga. 300 mil tolos portanto... e que vão lá repetidamente. Hum...

Anónimo disse...

11:09 da tarde/ eu não neguei tal coisa deixei até incompleta essa questão das “respostas” quando me desviei no inicio do comentário mas quer-me mesmo convencer pelos seus cálculos contabilísticos que o Espírito Santo se impressiona com números e por isso age coagido perante essa “massa humana” ali reunida!

Outra coisa são as preocupações e os medos dos que dominam esses espaços sobre as consequências de separar o individual do colectivo essa coisa de ”domesticar massas” sempre é mais fácil do que “domesticar” o indivíduo sobretudo se este carrega algum background cultural acima do que é a média do povo simples! /outro dado interessante era perceber se nesses espaços estamos perante multidões ou massas mas alguns comportamentos que acontecem já nos fornecem alguns dados fiáveis sobre a realidade exterior desses indivíduos que estranhamente quando estão nesses espaços exteriorizam crenças de uma piedade por vezes exagerada senão mesmo bizarra ao mesmo tempo que se situam fora delas nos seus comportamentos do dia-a-dia!

Mas regressando à sua “dúvida” de facto acredito que Ele responde ali como responde em qualquer lugar o espaço nem o tempo não têm nada a ver com o tema porque Ele actua em qualquer tempo e lugar (se actuou na casa de Zaqueu cheia de misérias humanas porque não num qualquer outro lugar!) e numa relação individual como Jesus sempre fazia cara a cara o que contava para Ele era essa vida que é única e sagrada! E aqui já se levanta outra questão muito séria que me levou a afirmar antes que esses “Tanques de Betseda” negam escandalosamente todo o caminho da Redenção ou vai-me negar essa realidade! Sejamos claros as pessoas que ali vão procuram esse Jesus que já nos remiu na cruz definitivamente ou Maria sua Mãe? Não é esse espaço um santuário mariano! Então porque andamos aqui a atirar areia para o ar! Se eu posso encontrar esse Jesus no meu dia-a-dia porque raio percorro às vezes centenas de km em busca de um espaço que tem opções e escolhas com cunho mariano que são muito claras ou essas vidas que ali vão são cegas e “tolas”!

Anónimo disse...

Saltei uma questão sua expressa já no fim deste seu comentário e que também me parece importante clarificar:

“… e que vão lá repetidamente. Hum...”

Na verdade também aquele pobre homem paralítico estava já ali há 38 anos agarrado àquele tanque e para piorar a sua situação era totalmente dependente de alguém que o carregasse até ao “milagre”! Imaginar um Deus assim tão egoísta e cheio de vontade de ver os seus filhos a arrastar-se nesse sofrimento durante anos sem fim só pode existir numa mente perversa e diabólica mesmo! Essas mentes eram os donos daquele tanque! Eu faço um esforço no meu coração acredite mas inquietam-me muito as “semelhanças” nos dias de hoje!

Anónimo disse...

Domesticar massas. E convencidos de que se resume a isso. Botai lá que dia 13 lá estarão 300 mil por muito que vos custe.

Anónimo disse...

1:25 da tarde/ “Botai” lá então para que conste gravado nas pedras que amparam esses rios acima até a vista alcançar terras galegas! Já deu para entender que é um desperdício dialogar com espíritos “tio patinhas” mais preocupados com as suas “caixas-fortes” onde guardam avaros as contabilidades humanas e por arrasto as materiais (é uÉ…!) não vão os tais 300 mil darem um curva inteira na rotunda dos pastorinhos e voltem para trás fugindo a bom ritmo dessa “patópolis portuguesa” regressando aos seus lares enfrentando com coragem a realidade da vida que é onde devem procurar resolver os seus problemas e comecem a gastar o pouco que tenham no pão que lhes falta à mesa ao invés de atulhar tais “caixas-fortes” infames com as côdeas que lhes restam sobretudo nestes dias de tanta fome e miséria! Não sei quem inventou que os dias 13 eram dias de azar /não alinho nessas trafulhices/ mas não resisto a dizer que alguns desses dias em certos contextos espirituais são realmente uma desgraça total porque impedem muitas almas de atingir à idade adulta da Fé!

Anónimo disse...

1:25 da tarde/como vê até tem razão a coisa não se resume só às tais “domesticações” ela vai muito mais longe do que imaginamos mas não é este o lugar para discutir essas maleitas espirituais o bom senso e a misericórdia manda que mantenhamos este espaço com alguma “higiene espiritual” sobretudo para poupar a desgastes inúteis certos espíritos mais frágeis que ainda vivem convencidos que o céu é todo azul e cheio de nuvens celestiais onde os anjos dormem a cesta embalados pelos ecos das mentiras humanas!

Anónimo disse...

Aqui reina o anti clericanismo. Só não vê quem não quer. Mas 300 mil lá os tereis ano a ano. Eu sei que é chato. Depois vem a história do dinheiro. Como se as pessoas que lá trabalham e dão a vida seja para isso. Continuai a lamentar-vos. Mas pouco fazeis...

Anónimo disse...

O Museu Abade Baçal (MAB), em Bragança, festejou o dia Mundial do Teatro, este sábado, com a estreia do novo grupo teatral mirandelense “PORTUGA E POR NADA”.

A peça que representaram já não é nova mas foi adaptada ao grupo.

“Quem não trabuca não manduca: um dia no olival” retracta a tradicional apanha da azeitona.

A representante do Museu Abade Baçal, Ana Brilhante, considera a peça se insere na missão do Museu que é a preservação de memórias.

Este novo grupo, composto por 12 elementos de várias idades, não vai cingir-se só ao teatro mas sim às mais diversas actividades culturais e está aberto a quem quiser participar.

O Museu Abade Baçal a receber a estreia do novo grupo teatral mirandelense “PORTUGA E POR NADA” com a representação da peça “Quem não trabuca não manduca: um dia no olival”.

Anónimo disse...

E para quando a peça "perseguição laboral"?

Anónimo disse...

Podes participar.

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