segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

João César das Neves: "O furacão Bergoglio"


Eu acho este diagnóstico de João César das Neves sobre a receção ao Papa Francisco acertadíssimo.
Nestes poucos meses, por inúmeras vezes, o Papa disse e fez coisas inesperadas, surpreendentes, incómodas até. Foi, mais do que lufada, furacão. Todos o notaram. A diferença está no que fizeram com isso. Todos gostam dele e o ouvem com interesse e prazer, às vezes com avidez. Mas existem duas maneiras diferentes de confrontar a sua pessoa. O consenso à sua volta sofre de um cisma fundamental, ainda oculto. 
Existem aqueles que o seguem como Papa e os que o usam como Papa; os que aprendem com ele e os que concordam com ele; os que aceitam as suas palavras como aviso e os que as vêem como argumento. As ovelhas do Papa tomaram-no como dirigido a si mesmas e fizeram exame de consciência, propósito de emenda, penitência reparadora. Mas muitos consideraram os mesmos elementos apenas como apontados a outros. Esses só o usaram como argumento de discussão, confirmação de juízos, arma de arremesso. Esperam de Francisco não o anúncio do Reino e a divulgação da Palavra, mas a realização de agendas particulares e modelos pessoais. Não o querem como pai e mestre, mas como agente e gestor.
Ler tudo aqui (DN de hoje).

4 comentários:

Anónimo disse...

Às vezes o JCN exagera, mas pelo menos dá testemunho. Isto é acertadíssimo. Parabéns.

Anónimo disse...

Pois é... basta ver o que o Nós Somos Igreja andava a dizer e o que agora diz... mas felizmente que há quem vá à televisão falar em entregar florinhas...

Anónimo disse...

Tb acho q está mt bem visto. Qd se observam os lideres e politicos nacionais e mundias encontramos gente essencialmente com agenda pessoal, os catolicos têm a sorte de terem tido uma sucessão de Papas em q com rarissimas excepçoes surgiram homens q cometendo mais ou menos falhas foram homens dedicados aos outros (logo a Deus), sobretudo quem vive hoje tem esse conforto. Francisco - o furacão - vem limpar o pó e desinstalar todos e cada um em particular e nao para ser arma politica ou de arremesso de uns contra os outros. Quem nao perceber isto perde uma excelente opurtunidade de conversao.
Jacome

Anónimo disse...

"O furacão Bergoglio"!

Pobre Papa pobre filho de Deus que procura apenas ser fiel a Cristo!

Estas linguagens a denunciar um coração carregado de desejos belicistas que não se coibe de acusações usando e abusando desses "todos" como se tal personagem tive sido nomeada porta-voz dos que também fazem caminho e onde não há espaço a inocências seja qual for o a margem onde os cristãos se encontram.

Afinal quem é aqui o manipulador!

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