sexta-feira, 31 de maio de 2013

Teologia e espiritualidade

Diz Bruno Forte, "parafraseando Kant, uma teologia sem espiritualidade corre o risco de ser vazia, uma espiritualidade sem teologia corre o risco de ser cega" (pág. 102 de "Uma teologia para a vida").

Fica a mensagem. Mas não era Einstein que dizia: "A ciência sem a religião é manca, a religião sem a ciência é cega"?

10 comentários:

Anónimo disse...

"uma espiritualidade sem teologia corre o risco de ser cega". Mais uma achega para quem, também nos comentários deste blog, cospe na cara da teologia.

Peter disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Peter disse...

“Se nos cai nas mãos um volume, por exemplo, de teologia ou de metafísica escolástica, perguntamo-nos: Contém alguma argumentação abstracta sobre a quantidade ou os números? Não. Contém alguma argumentação experimental sobre questões de facto e existência? Não. Então, que seja jogado ao fogo, pois contém apenas sofismas e ilusões.” (David Hume)

Resumindo:

““Bem aventurados os pobres de espírito pois é deles o reino dos céus.” (Mat 5,3)

Peter disse...

Outro também escreveu e na verdade dou-lhe cada evz mais razão:

"“É raro encontrar independência de espírito ou força de carácter entre aqueles que não confiam na sua capacidade de abrir caminho pelo próprio esforço.”
(Friedrich Hayek)...



Anónimo disse...

Ou seja, quem faz, escreve ou lê teologia é um fraco dependente e sem força de carácter... Mas quem rebaixa os outros só isso (por procurarem esclarecer e estruturar intelectualmente a sua fé) é que desbrava o caminho e luta a boa batalha.

Tenha lá cuidado com o entusiasmo, sim? Quando começarem a deitar os livros de teologia na fogueira não tardará muito que nos atirem também.

Anónimo disse...

"quem rebaixa os outros só por isso"

Anónimo disse...

Anónimo (6:11 PM) – o problema não está em “escrever-fazer” teologia, mas sim em querer impingi-la à força a outros, e ainda por cima como sendo a única e verdadeira! Cada um tem o direito e a liberdade sagrada de caminhar por si mesmo nessa busca de Deus é certo, mas sem ter que andar pela mão dessas infantilidades dos colos doutrinais! E olhe que até tem muito sentido o que diz (Friedrich Hayek), realmente só os “dependentes” precisam de andar pela mão de alguém pois são incapazes de abrir caminho por si mesmos e por isso caminham sempre por arrasto atrás de outros para chegar a Deus! Agora outra coisa é andar lado a lado em comunhão nessa busca, mas aí outro galo já canta! Meu amigo, resta saber-perceber quem anda aqui a rebaixar quem, ou o caro não conhece o termo, “builing intelectual" e por aí fora!

Sobre as “fogueiras” as palavras não são minhas, mas é verdade que elas me fazem recordar outros tempos mais carregados de odores dos torquemadas que ainda persistem nesses “fumos” ateados nos dias de hoje, sobretudo por muitas dessas vontades arroupadas debaixo de uma suposta defesa da fé! Os meios-métodos são diferentes, mas os silêncios, excomunhões, etc, etc… impostos a muitos irmãos e irmãs são demasiado visíveis para colocar a nu essas tentativas inúteis de uma certa inocência que anda aqui a tentar ocultar ou a desviar esses “fumos” das intolerâncias! Pois… “entusiasmos”!

Peter

Anónimo disse...

"uma espiritualidade sem teologia corre o risco de ser cega". Mais uma achega para quem, também nos comentários deste blog, cospe na cara da teologia.

Peter disse...

Anónimo (10:36 AM), não me surpreende nada as “repetições” vindas sobretudo de quem não consegue discernir uma linguagem simples da letra e conteúdo de um cântico do John Lennon, que nada mais é senão o capítulo 21 do Apocalipse! Realmente, bem podem tais almas andar toda uma vida (uns dizem que fizeram 14 anos…!) a subir escadas para levantar castelos resguardados por ameias e torres teológicas que jamais chegarão a entender a linguagem simples do discípulo João quanto mais a dos Evangelhos…!

Eu até compreendo, pois imaginar um mundo sem religiões (ele não escreveu um mundo sem espiritualidade nem Deus mas sim sem religiões…) é coisa para deixar qualquer “dependente” do palpável nas ritualidades e afins em pânico e perdido habituado que está aos códigos próprios de quem se alimenta desse prato que apenas lhes provoca esses soluços do: ai de mim… ai de mim…...!

Eles bem dizem-pregam que são livres e que Jesus veio para libertar o homem, mas a CULPA não pode faltar na ementa das suas religiosidades! E assim vai a amada Igreja do Pai (onde esbracejo tentando não me afogar também junto a muitos desses meus irmãos), esse Abba que lá vai na sua misericórdia tentando manter as portas abertas da Igreja para que a liberdade abrace os filhos, sussurrando-lhes ao coração com infinita paciência:

”Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes, e não vos sujeiteis outra vez ao jugo da escravidão.” (Gálatas 5,1)

Tais almas trazem-me à memória aquela estória daquele prisioneiro que passou imensos anos numa cela alimentado e cuidado e quando o libertam volta a bater à porta da prisão porque já não sabe viver em liberdade! Assim estão tais almas também… Cristo já os libertou e quer viver essa liberdade junto com eles, lado a lado, já não como servos mas como amigos, mas tais corações, não só não acolhem tal presente da Graça, como fazem tudo para manter até o próprio Jesus prisioneiro junto com eles, nos seus espaços, geografias, tempos e doutrinas!

Sim continue então a cozer esse pão já muito amassado das repetições meu caro Anónimo, pois lá diz e bem o povo: “Allia quando terunt, retinent mortaria gusta.”

Peter disse...

Eu até entendo que não goste muito das linguagens do Apocalipse e sobretudo essa malfadada ideia de um John Lennon ter o descaramento de meter o nariz para lá dos véus que ainda não foram rasgados nas teologias dos homens, e ainda por cima, colocar-se a desenhar-descodificar a “Nova Jerusalém” através de uma letra simples e com uma música por sinal muito bonita! Ò meu caro Anónimo, pf. não me vai dizer que não conhece as passagens das “talhas de pedra” e dos sabores do Vinho Novo! Agora santa liberdade dos filhos de Deus, cada um bebe o vinho que deseja que lhe sirvam à mesa!

Só há doze bispos no mundo. São todos homens e judeus

No início de novembro este meu texto foi publicado na Ecclesia. Do meu ponto de vista, esta é a questão mais importante que a Igreja tem de ...