quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Onde é que você estava na manifestação do 15 de setembro?

Baptista Bastos também critica D. José Policarpo, dando-me mais uma razão, por oposição geral às ideias do opinador, para concordar com cardeal.
D. José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa, disse, em Fátima, ser contra as manifestações populares, as quais, assim como as revoluções, nada resolvem. A frase é inquietante, proferida por quem é: um homem culto, conhecedor da História e dos movimentos sociais que explicam e justificam as modificações políticas. Mais: numa altura em que o País vive uma crispação inédita, onde a fome, a miséria e a angústia estão generalizadas, as palavras de D. Policarpo não são, somente, insensatas - colocam o autor no outro lado do coração das coisas.  
Diz, ainda, o solene purpurado: "Até que ponto é que nós construímos uma saúde democrática, com a rua a dizer como se deve governar?" Não contente com a afirmação adianta, sem hesitar e sem pejo: "O que está a acontecer é uma corrosão da harmonia democrática, [sic] da nossa Constituição e do nosso sistema constitucional".
Ler tudo aqui. Do DN de ontem.

5 comentários:

Anónimo disse...

É só ir aos centros comerciais ou a jogos de futebol ou a concertos de música nas grandes cidades. E o que se vê??? A maior parte da gente com... IPhones nas mãos. O Cardeal tem toda a razão no que diz. O nosso país está cheio de malandros. E depois dizem que a agricultura está me crise. Hoje o povinho quer é empregos e não trabalhos. A Europa esqueceu totalmente a noção do trabalho. Todos querem estar numa secretária e trabalhar em ambientes fechados esse é realmente o problema.

maria disse...

ora nem mais: um dia de trabalho por uma tigela de arroz e algum dormirão enfim, em paz.

ou como diz o patrão d BPI: colocar os beneficiários do subsídio de desemprego a trabalhar (sem ordenado) no privado.

Anónimo disse...

"A maior parte da gente com... IPhones nas mãos"

Um país de malandros?

O subsídio de desemprego é um direito pelo qual todos descontam enquanto trabalhadores (podia era ter um máximo, assim como a reforma pela segurança social). Já se fosse o RSI!!!...

Não sei onde vivem, ou se só "saem do convento" para ir às compras, mas quem trabalha sabe bem porque saiu à rua. Não é ilícito protestar. Cristo também manifestou indignação. Custa ver pessoas que se dizem cristãs a proceder destes modos...

Há, e quanto aos iphones... Há muitos tlf idênticos, fora as falsificações....

Não devemos nos levar pelas aparências. O carnaval no Brasil é um enorme evento e não mostra crise alguma, no entanto o povo vive na amargura!!!...

Neste momento, em Portugal, quem trabalha, praticamente verá 60% do seu rendimento ir direto para o Estado e os 40% que sobrarem não vão chegar para pagar as contas ao fim do mês.

Permanecer calado é que não! Há coisas pelas quais é preciso lutar em vez de lamentar.

Anónimo disse...

Mais uma vez se põe a opinar sobre o que o Patriarca nunca disse. A incapacidade de ouvir o que se quer dizer é sinal de uma intoxicação mental grave.

Fernando d'Costa

Anónimo disse...

Repito: o mal na europa é só um: empregos sim, trabalho não. Ah agricultura um dia ainda vais reinar...

Só há doze bispos no mundo. São todos homens e judeus

No início de novembro este meu texto foi publicado na Ecclesia. Do meu ponto de vista, esta é a questão mais importante que a Igreja tem de ...