quarta-feira, 31 de outubro de 2012

E onde está a proposta católica?


Há um lugar comum que diz que a Igreja, quando se trata da sexualidade, está logo disposta a dar a sua sentença. Ou que a Igreja fala muito de sexo. Não é verdade. Fala de menos, até. Se repararmos nas mensagens de conteúdo sexual e afetivo que perpassam por todos os lados (literatura, cinema, tv, publicidade...), ficamos com uma resposta vazia à pergunta: E onde está a proposta cristã?

Quem ouve a Antena 3, a meio da manhã, e tem um mínimo de formação cristã, não pode deixar de ficar perplexo com as respostas e propostas de Quentino Aires, na rubrica "A hora do sexo" (com "a hora do sexo" no Google, tem-se logo acesso às gravações). Perplexo é o mínimo, perante a ideologia libertária do psicólogo, que já tem sido contraditada por outros psicólogos, mas tem eco ímpar no na rádios e, pelos vistos, na televisão.

Mas a questão é: Onde está a proposta cristã dos afetos e da sexualidade para quem ouve, vê e lê rádio, televisão e revistas. Onde estão os psicólogos de matriz cristã, que mesmo sem referências a Deus, a Jesus Cristo e ao Papa falem de uma sexualidade e a afetividade verdadeira e profundamente humanizante?

(Recuso o pensamento que tanto pode ser cínico como integrista, dependendo do lado de onde vem, que diz isto: "O Papa já se pronunciou sobre tudo isso e a resposta é «não»".)

25 comentários:

Anónimo disse...

Pois é. Quentino Aires é um dos ideólogos, na área em questão, do NsI.

Jorge Pires Ferreira disse...

Caro anónimo,

sabe o que está a dizer?
Se não mostra o que diz, entendo como calúnia.

Anónimo disse...

Entenda como quiser. É um facto. Basta conhecer, como conheço, duas ou três pessoas do NsI português que o afirmam. Quer nomes? Olhe para Teilhard ("para bom entendedor meia palavra basta") e lá os terá.

Jorge Pires Ferreira disse...

Não sei o que quer dizer com "Olhe para Teilhard". Talvez eu não seja bom entendedor.

Para jogar aos enigmas, prefiro outros espaços.

Anónimo disse...

também gostava de saber o que é que o "Nós somos Igreja" tem a ver com Teilhard. Talvez o anónimo me possa elucidar. Obrigado.

Fernando d'Costa

HD disse...

Engraçado como aparecem sempre anónimos a desviar a atenção para detalhes irrelevantes e patéticos, quando o tema é inquietante para alguns sectores da ICAR.
E a fixação com a NsI deve ter alguma explicação…freudiana… :)
HDias

Anónimo disse...

"O Papa já se pronunciou sobre tudo isso e a resposta é «não»
Esta afirmação pode muito bem ter saído do bispo de Bragança-Miranda. Quando o assunto não lhe interessa arranja logo um escudo.

Anónimo disse...

Agrada-me ver que já abrem os olhos sobre o bispinho-falhado de Bragança...

Anónimo disse...

Os olhos de alguns sempre estiveram abertos e direcionados para o bispo. Falhado? Isto ainda só é o começo! O espalhanço promete ser total.

Jorge Pires Ferreira disse...

Na linha do comentário de HD (desvio do assunto para o NSI), parece que há uma fação (que palavra estranha, segundo o novo acordo) que devia o assunto para o Bispo de Bragança. Mais uma fixação.

Jorge Pires Ferreira disse...

Onde está "devia" é "desvia".

Anónimo disse...

Talvez se deva escrever constatação em vez de "fixação"...

Anónimo disse...

Alguns estão a abrir os olhos em relação ao bispo, é só isso. E não é fixação. Muito menos freudiana.

Anónimo disse...

Sou de Bragança e sou dos que se deixou enganar com a carinha de moço do senhor Bispo. Já não estou iludido.

Anónimo disse...

O bispo viajante. Por terras da diocese e não só...

Anónimo disse...

Por falar nisso, por onde anda o bispinho? Na diocese é que não!

Anónimo disse...

GOL ou GLR, eis a questão.

Anónimo disse...

Não foi este bispinho que disse ue o Corão é um livro de paz? Devia estar bêbado ou é mesmo ignorante.

Anónimo disse...

Jorge,

da minha parte não há qualquer fixação. Apenas uma profunda alegria por ver que a névoa da ilusão começa a ser debelada. Amén.

Fernando d'Costa

Jorge Pires Ferreira disse...

O Fernando costuma assinar os comentários. Porque não assinou antes? Se é que já antes manifestou o que foi interpretado como fixação e que será, somente, ver mais além do que os comuns. (Esclareço que, em relação ao objeto da suposta fixação, não tenho qualquer opinião por absoluto desconhecimento da pessoa).

Anónimo disse...

Jorge,

de facto não assinei, pois não escrevi, mas senti que algumas palavras poderiam ter sido pensadas e escritas por mim. Preocupa-me profundamente, pelas consequências que isso poderá ter para a Igreja de Bragança (e não só: já se fala deste senhor para o Porto - mas quem é que ainda não foi falado -?), a ilusão que alguma comunicação social criou acerca deste senhor com quem, para minha profunda desilusão, conversei um dia.

Fernando d'Costa

Anónimo disse...

Este senhor parece ser muito ambicioso. Será que o Porto lhe chega?

maria disse...

cá está mais um exemplo de paroquialite: o autor do blogue propõe um tema para reflexão e vai tudo parar ao bispo de Bragança.

Por onde anda mesmo o Vaticano II?

Anónimo disse...

Será antes um exemplo de unidade pastoral muito mal amada por muita gente que está colada à mesmice e é avessa à mudança.

Anónimo disse...

Mas que fazia falta esta mudança, fazia...

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