Os dogmas constituem respostas a perguntas que deixaram de nos dizer diretamente respeito. Tornam-se acessíveis, de modo progressivo e imediato, mas só para o historiador; também a consciência histórica, como é sabido, sofre agora de erosão. Se a fé cristã não quiser tornar-se vazia, sem substância, e recusar a simples adaptação ao que não passa de moda, então, a única coisa a fazer é crescer em profundidade, mais do que em extensão, e viver mais conscientemente a partir do centro que tudo engloba. Também neste sentido, a fé cristã irá simplificar-se no futuro.
Walter Kasper, "Introdução à fé", 184
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7 comentários:
Que tristeza...
Um homem desta estatura, a defender o obscurantismo em teologia e em dogmática...
O cardeal não diz nada de errado. Não fala em mudar a fé, deturpar, corrigir. Diz só que "Os dogmas constituem respostas a perguntas que deixaram de nos dizer diretamente respeito". Suponho que não se refere a todos os dogmas. Simplificar é regressar ao kerigma - e isso é de sempre.
A história muda. As perguntas que fazemos mudam. Já não pensamos com a metafísica grega. Aristóteles já não é o nosso mais que tudo como era para Tomás de Aquino. Não percebo onde vai o Bernardo buscar que ele defende o obscurantismo. As ciências teológicas, como sabe, não são exatas.
Estranho, aliás, que o Bernardo venha das ciências exatas e por vezes não faça uso do mais elementar e saudável ceticismo - que só pode fazer bem à fé (estou a ir para outros campos, ok, paro por aqui).
"Obscurantismo"? Olha outro que ainda quer uma teologia a regra e esquadro, e se possível com açaimes na boca daqueles que pensam diferente. mas que esperar de alguém que, numa das últimas entradas neste blog - que eu não reencontrei -, acusou outra pessoade estar a proferir críticas infundamentadas. Mas talvez o Bernardo, e porque certamente não gostaria de ser tratado do mesmo modo, talvez nos possa esclarecer a todos o motivo de dizer que as palavras de Kasper apontarem "obscurantismo" em teologia e dogmática. Sim? Por favor? Poooor favor?
Ignorem o Bernardo. Amiguinho íntimo de Nuno Serras Pereira, conhecido acusado por difamação, é como todos os da sua família.
Gosto muito de Walter Kasper, Jorge, mas acho este trecho um bocado simplex...
Ui... que história é essa da ligação do Bernardo da Motta (internacionalmente tido como um historiador) com o p. Serras Pereira? Estou intrigado...
Fernando d'Costa
Nuno Serras Pereira? Bernado Motta? Off with their heads!
Resolve-se isto à boa maneira jacobina, já que é a maneira de pensar de muitos comentadores residentes, e está o assunto resolvido.
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