segunda-feira, 2 de abril de 2012

As afinidades entre a Inquisição e a atual guerra ao terrorismo

No "Quociente de Inteligência" de sábado passado (suplemento do DN): paralelos entre os métodos da Inquisição e os do combate ao terrorismo na atualidade.


5 comentários:

João Silveira disse...

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 16 de junho de 2004 (ZENIT.org).- [Atualmente, os pesquisadores têm os elementos necessários para fazer uma história da Inquisição sem cair em preconceitos negativos ou na apologética propagandista, afirma o coordenador do livro «Atas do Simpósio Internacional “A Inquisição”».

No volume, Agostino Borromeo, historiador, recolhe as palestras do congresso que reuniu ao final de outubro de 1998, no Vaticano, historiadores universalmente reconhecidos especializados nestes tribunais eclesiásticos.

«Hoje em dia --afirmou essa terça-feira, em uma coletiva de imprensa de apresentação do livro, o professor da Universidade «La Sapienza» de Roma-- os historiadores já não utilizam o tema da Inquisição como instrumento para defender ou atacar a Igreja».

Diferentemente do que antes sucedia, acrescentou o presidente do Instituto Italiano de Estudos Ibéricos, «o debate se encaminhou para o ambiente histórico, com estatísticas sérias».

O especialista constatou que, à «lenda negra» criada contra a Inquisição em países protestantes, opôs uma apologética católica propagandista que, em nenhum dos casos, ajudava a conseguir uma visão objetiva.

Isto se deve, entre outras coisas --indicou--, ao «grande passo adiante» dado pela abertura dos arquivos secretos da Congregação para a Doutrina da Fé (antigo Santo Ofício), ordenada por João Paulo II em 1998, onde se encontra uma base documental amplíssima.

Borromeu ilustrou alguns dos dados possibilitados pelas «Atas do Simpósio Internacional “A Inquisição”».

Revela o historiador sobre os processos e condenação referentes ao tribunal católico: “dos 125.000 processos de sua história, a Inquisição espanhola condenou à morte 59 «bruxas». Na Itália, acrescentou, foram 36 e em Portugal 4. Se somarmos estes dados --comentou o historiador-- não se chega nem sequer a cem casos...”

A Inquisição na Espanha, afirmou o historiador, em referência ao tribunal mais conhecido, celebrou entre 1540 e 1700, 44.674 julgamentos. Os acusados condenados à morte foram 1,8% e, destes, 1,7% foi condenado em «contumácia», ou seja, pessoas de paradeiro desconhecido ou que em seu lugar se queimavam ou enforcavam bonecos]

Anónimo disse...

Já tinha saudades suas, João.
É só falar-se nestes temas da sua predilecção (Inquisição, Cruzadas, etc) e ei-lo de volta, cheio de erudição e pó dos livros...

Um abraço.

Jorge Pires Ferreira disse...

A Inquisição acende logo uma red light em alguns computadores.

E pelo andar da carruagem, qualquer dia a Inquisição ainda vai ser usada como grande glória da Igreja católica.

HD disse...

Os fundamentalismos adoram o Negacionismo …
Não tarda,a Inquisição era uma obra de misericórdia...

HDias

João Silveira disse...

Que interessante, apenas me limitei a citar um historiador, que apresenta números concretos de situações concretas, mas de repente sou acusado de ser negacionista.

Afinal a verdade não interessa a todos.

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