Corre por aí e não há grupo de jovens católicos que não conheça o texto. Atribui-se a João Paulo II, mas ele não escreveu uma linha sequer. É um apócrifo dos tempos modernos, ou um pseudoepígrafo, como aquela oração que é atribuída a Francisco de Assis, mas foi escrita no século XX ("onde houver ódio, que eu leve o amor..."). O texto dito de João Paulo II, com origens no Brasil, como denunciam as palavras:
Precisamos de Santos
Precisamos de santos sem véu ou batina.
Precisamos de santos de calças jeans e ténis.
Precisamos de santos que vão ao cinema, ouvem música e
passeiam com amigos.
Precisamos de santos que coloquem Deus em primeiro lugar e
que se “lascam” na faculdade.
Precisamos de santos que tenham tempo diário para a oração e
que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de santos modernos, santos do século XXI, com uma
espiritualidade inserida em nosso tempo.
Precisamos de santos comprometidos com os pobres e com as
necessárias mudanças sociais.
Precisamos de santos que vivam no mundo, que se santifiquem
no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de santos que bebam coca-cola e comam hot dog,
que usem jeans, que sejam internautas.
Precisamos de santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e
que não tenham vergonha de comer uma pizza nos fim de semana com os amigos.
Precisamos de santos que gostem de cinema, de teatro, de
música, de dança.
Precisamos de santos sociáveis, abertos, normais, amigos,
alegres, companheiros.
7 comentários:
Precisamos de santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.
Precisamos de santos corajosos!
João P.
Precisamos de santos pecadores...
P.S.: Pense bem, antes de comentar.
A frase é profunda, não vou revelar
a fonte. Beatas e beatos de sacristia, abstenham-se.
Que ladainha mais cansativa...
Tanta anáfora também cansa! Não é qualquer um que sabe manejar tal recurso como o Padre António Vieira.
Dito isto, é óbvio que se trata de texto apócrifo. Em primeiro lugar,
pela linguagem. Em segundo, pelo conteúdo. Há um tom... pouco inspirado - para usar um eufemismo. Apesar de "segmentos" aparentemente acertados do ponto de vista teológico. Mas a aparência de verdade é a coisa mais temível que há...
Pessoalmente, o retrato do santo traçado nesta ladainha fez-me lembrar o célebre e notável retrato de Mónica, dos CONTOS EXEMPLARES de Sophia de Mello Breyner Andresen. Este "santo" não está muito distante dessa "Mónica"...
Tem toda a razão, esse texto é erradamente atrubuído ao Papa, e quase ninguém se deu ao trabalho de tentar saber isso.
No entanto há um bispo que o refere num livro que publicou, apesar de informar que não se sabe se o autor é o Papa.
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