O acontecimento é notícia, sabendo-se o que a igreja pensa
das uniões homossexuais, mas na realidade não devia ser. O baptismo é sempre e
só de quem é baptizado - e não dos pais ou tutores - pelo que a Igreja não o
pode negar a ninguém, ainda que para uma série de circunstâncias tenha normas de pedagogia pastoral. Poderá eventualmente negá-lo no caso em que os pais /mães /
progenitores / educadores (cada vez está mais difícil dizer o que são) não dêem garantias de educação católica. Mas quanto a
isso, não há como ter grandes certezas.
Esta notícia, que é apresentada como um facto de excepcional
- por isso é que é notícia - e como sinal da pluralidade da Igreja, na
realidade revela que, até para a Igreja ser mais coerente com o que realmente
pretende (a vivência da fé cristã), o baptismo devia ser sempre pedido em nome
próprio e somente por significar uma adesão pessoal (e não por outrem, sejam pais /mães / progenitores / educadores / padrinhos / madrinhas) a Jesus Cristo.
Li a notícia aqui.
4 comentários:
Claro que esta noticia nos faz pensar...
O que é ser católico?
Quem é católico? É-se católico só porque se diz que se é católico?
Porque é que os católicos batizam as crianças?
Para que é que se batiza uma criança?
Esta criança "não tinha tanto direito" como as outras a ser batizada?
Acreditam os catolicos verdadeiramente no sentido SACRAMENTAL do batismo?
Caro Diamantino:
faz perguntas sérias e pertinentes, as que remetem para a identidade do catolicismo, ou antes, do cristianismo. A criança, como os outros, tinha o direito a ser baptizada. Mas se o baptismo tem o sentido sacramental de morte e ressurreição com Jesus Cristo, não deveria ser algo assumido como opção consciente, livre? Esse é o meu ponto de vista.
Não posso estar mais de acordo com o seu ponto de vista (tal como com muits outros que por aqui vai expondo). A minha questão é (do meu ponto de vista) mais profunda...
"Andamos" séculos a fazer do batismo uma coisa "mágica" e agora não é fácil fazer com que as pessoas compreendam que o batismo não é uma coisa mágica nem de superstição. Eu também entendo que o batismo mais que um direito é uma opção.
Concordo absolutamente consigo. Talvez eu não tivesse compreendido totalmente o seu primeiro comentário. Obrigado pelas suas palavras simpáticas.
JPF
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