segunda-feira, 11 de julho de 2011

Talvez até flutuar um pouco

No entanto, o que quero na minha vida
é estar disposta
a ficar deslumbrada
a pôr de parte o peso dos factos.


E talvez até flutuar um pouco
acima deste mundo difícil.
Quero acreditar que estou a mergulhar
no fogo branco de um grande mistério.


Mary Oliver (1935-...)



2 comentários:

SilverTree disse...

Tive a curiosidade de ir à procura do original, na íntegra, e gostei muito. Não sei se a poetisa é sequer cristã, mas faz todo o sentido que o Jorge aqui tenha posto este poema: parece-me uma maneira não só possível como muito bonita de viver a vida, quanto mais a Fé.

Jorge Pires Ferreira disse...

Obrigado pelo seu comentário. Não conheço a poesia de Mary Oliver, embora seja uma figura importante nos EUA. Li o bocadinho em questão num livro sobre fé e ciência e, é claro, gostei.
Ah. Tenho de ler e ver mais vezes as suas fotografias e o seu blogue, que há dias falava de um cantor preferido cá para estas lados, Sufjan Stevens.

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