Bento XVI e Martini num encontro há alguns anos
Milão não é só uma das capitais da moda e sede de dois dos melhores clubes de futebol. É também a maior diocese do mundo, uma das mais históricas, local da conversão e do baptismo de Agostinho de Hipona, provavelmente a mais rica, a maior em número de padres, penso que a que mais papas deu a Roma. O último foi 1963, Montini-Paulo VI (1963-78). Martini poderia lá ter chegado se não fosse o Parkinson e o facto não ser admirado por sectores que gostam mais do olhar para o passado com saudades do que para o presente com criatividade.
Mas há dias o arcebispo emérito de Milão, cardeal Carlo Maria Martini, cada vez mais debilitado, foi ao Vaticano. A imprensa diz que pode ter havido dois motivos para o encontro Martini / Bento XVI: ou os escrúpulos de Martini antes da publicação de um livro sobre os problemas pastorais que assolam os bispos; ou a escolha do novo arcebispo de Milão (sucede a Tettamanzi, que sucedeu a Martini), o qual, acrescento, só pela força do cargo, poderá vir a ser Papa.
Ora, dizem as notícias que há cinco candidatos:
- Luciano Monari, bispo de Bréscia
- Gianni Ambrosio, bispo de Piacenza
- Bruno Forte, arcebispo de Chieti
- Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura
- Angelo Scola, patriarca de Veneza.
Parece que Bento XVI não quer que seja um destes dois últimos. Como têm 69 e 70 anos, respectivamente, estariam menos de cinco em Milão (os bispos, excepto o de Roma, resignam aos 75 anos). Ravasi e Scola são também candidatos a suceder a Bento XVI, obviamente não declarados nem assumidos.
A maior parte das informações deste texto foram recolhidas aqui.
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