quarta-feira, 16 de março de 2011

Dominicanos, jesuítas, franciscanos e peixes felizes

Santo António, franciscano, a pregar aos peixes.
Azulejos de uma capela de Belém do Pará

São seculares as rivalidades entre ordens religiosas. As mais acaloradas metem sempre dominicanos (uma ordem que admiro). São ou entre dominicanos e franciscanos (uma ordem que aprecio) ou entre dominicanos e jesuítas (uma ordem que estimo).

No livro “Ir à Igreja porquê?”, do antigo geral dos dominicanos Timothy Radcliffe, que finalmente acabei de ler porque perdi muito tempo a afiar lápis para sublinhar as partes imperdíveis, as outras duas ordens são referidas. Alude aos jesuítas, além de citar vários, quando a certa altura fala das lamentações individuais de um dominicano típico. Um delas é: Por que é que não fui para jesuíta? (cito de cor). No final do livro (pág. 281), mete uma farpa aos franciscanos:
“Quando S. Francisco pregava, diz-se que até os peixes se iam embora felizes. Decerto, como dominicano, pergunto-me como é possível distinguir um peixe triste de outro feliz”.

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