Há muitas histórias contadas e recontadas, reformuladas com um ou outro pormenor, atribuídas a um ou outro sábio. É próprio das boas histórias. Há dias reencontrei uma que já a lera contada por Martin Buber. Em Timothy Radcliffe aparece assim (“Porquê ir à Igreja”, pág. 77):
Um rabi judeu contou esta história a propósito do seu avô, que fora discípulo do famoso rabi Baal Shem Tov. Disse ele: «O meu avô estava paralisado. Uma vez, pediram-lhe para contar uma história acerca do seu mestre e, então, narrou como o venerável Baal Shem Tov costumava saltitar e dançar durante a oração. O meu avô levantou-se, enquanto contava a história, e a narração espicaçou-o tanto que ele teve de saltar e dançar, para mostrar como o mestre fizera. A partir daquele momento ficou curado. Eis como as histórias se deveriam narrar».
Radcliffe remata que “ele fica curado porque conta a história a outras pessoas”.
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