Como seria viver hoje interpretando a Bíblia há letra? Bem, alguns fazem-no, pelo menos em relação a certas partes. Não comer isto, não comer aquilo, pagar o dízimo, não aceitar a evolução, cortar o braço em caso de pecado (principalmente o braço dos outros)… Geralmente são fundamentalistas.
A. J. Jacobs (o nome é judeu, mas ele diz que não tem nada de religioso), da revista “Esquire”, resolveu viver um ano seguindo a Bíblia a preceito, tanto quando se pode. Não comeu porco (provavelmente já não comia, mesmo que judeu só de cultura), não vestiu nada que misturasse vários tipos de tecido, guardou o sábado, deixou crescer a barba e depois escreveu um livro que foi um sucesso. Também existe em português: “Um ano de vida bíblica”.
A ideia de viver um ano biblicamente, literalmente, parece absurda (como outras ideias de Jacobs, primeiro absurdas, depois engraçadas e por fim estimulantes, que resultaram em bestsellers: a vida como experiência ou a leitura integral da Britannica, ver aqui). Mas as conclusões do protagonista não são. São do saudável senso comum. E antifundamendalismo. Vale a pena ver o vídeo da conversa TED. Tem legendas em português. (Agradeço ao Paulo Carvalho, que me falou deste vídeo.)
1 comentário:
O equilíbrio é uma arte!... Que o digam os equilibristas de circo!...
uma linha tramada de percorrer!
Há uma situação que me faz pensar muito neste equilíbrio: a educação dos meus filhos. Quando é que devemos "mimar" e quando é que devemos "ser intransigentes"? Não é fácil.
Mas é também esta tentativa de procurar o meio termo nas nossas acções, nas nossas vidas, que fazem esta viagem interessante.
Um abraço.
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