Nancy Marie Brown escreve sobre ciência, história e sagas históricas. É autora de “The Abacus and the Cross: The Story of the Pope Who Brought the Light of Science to the Dark Ages” [O Ábaco e a Cruz: A História do Papa que trouxe a Luz da Ciência para a Idade das Trevas] (Ed. Basic Books, dezembro de 2010), um livro que fala do Papa do ano 1000, Silvestre II.
Diz a autora:
Fui apresentada ao Papa Cientista por um ato de graça. Ao escrever meu livro anterior, "The Far Traveler", sobre uma mulher viking aventureira, eu me vi fazendo uma peregrinação imaginária a Roma logo após o ano 1000. Imaginando qual Papa Gudrid, o viajante-distante, havia encontrado (se é que havia encontrado), eu descobri Gerbert d'Aurillac (imagem), o Papa Silvestre II. Fiquei surpresa. Nada nos meus muitos anos de leitura sobre a Idade Média havia me levado a suspeitar que o Papa no ano 1000 era o principal matemático e astrônomo da sua época.
A sua ciência também não era apenas um aspecto secundário. Segundo um cronista que o conheceu, ele surgiu de origens humildes para chegar ao cargo mais alto da Igreja Cristã, "em razão do seu conhecimento científico". Na minha opinião, o conhecimento científico e o cristianismo medieval não tinham nada em comum. Eu estava errada.
Eu me senti como se eu tivesse tropeçado em um universo paralelo, uma história alternativa da Idade Média que havia sido criada perfeitamente para mim. Em grande parte da minha carreira, eu trabalhei como uma escritora de ciência, mas meu coração havia sido previamente capturado por sagas medievais. A história do Papa Cientista – um pesquisador chamou-o de "Bill Gates do final do primeiro milênio" – era uma história que eu precisava contar.
Professor de uma escola da catedral em grande parte de sua vida, Gerbert d'Aurillac foi o primeiro cristão a ensinar matemática usando os nove algarismos arábicos e o zero. Ele arquitetou um ábaco, ou tabela de contagem, que imita os algoritmos que usamos hoje para somar, subtrair, multiplicar e dividir. Ele foi chamado de primeiro dispositivo de contagem na Europa a funcionar digitalmente – até mesmo o primeiro computador.
Ler a entrevista toda aqui.
Sítio da autora aqui.
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