sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A fé do taxista

Sartre não tinha carta de condução e há pelo menos um bispo português que também não tem. É uma boa desculpa para uma vida menos stressante (não será esse o motivo do sr. bispo).

Havia um padre que também não tinha carta de condução. Habitualmente davam-lhe boleia os paroquianos. Mas num dia de tempestade, não aparecendo a boleia habitual, o padre viu-se na necessidade de pedir a um táxi que o levasse a uma missa num lugar distante do centro da paróquia.

À hora marcada, o padre lá estava, mas paroquianos… nem um. “Por causa da chuva” – pensou o padre. Perguntou então ao taxista se valeria a pena rezar a missa. O taxista disse que sim e que, se o sr. padre não se importasse, incluísse homilia, ou até um sermãozinho à moda antiga. O padre ficou admirado com a fé do taxista e estendeu-se na homilia, notando o agrado do taxista.

Só no regresso a casa é que o padre percebeu por que razão o taxista queria missa com sermão. O taxímetro esteve sempre ligado.

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