Quando o monte de jornais e revistas começa a atingir um tamanho lamentável na minha secretária – o sinal vermelho não acende quando se alcança uma determinada altura em centímetros, mas quando os apelos familiares à reciclagem se tornam diários –, convenço-me de que tenho de fazer a triagem mínima para a seguir os despachar: guardar uma ou outra crónica, ler esta e aquela reportagem.
Chego às "Notícias Magazine" e é inevitável. Penso sempre: contra que aspecto da Igreja Católica escreve hoje a Fernanda Câncio? Na verdade, este pensamento não é original. Já neste blogue o confessei. E normalmente, a jornalista do DN não me desilude. Escreve mesmo contra a Igreja Católica. Ou contra Deus, que, não sendo a mesma coisa, enquadra-se no mesmo espírito. (Por isso escrevi "a Fernanda". É alguém cujo pensamento já me é familiar. Não foge dos seus estreitos cânones.)
O sermão que para aqui copio, de 24 de Outubro, é apenas um exemplo que desmente o que a autora diz ser um preconceito sem argumentos. O preconceito é este: “a pessoa que critica deve ter (tem de ter) «um problema qualquer» com a instituição em causa [aqui, o que interessa é a Igreja, quanto ao PC não me pronuncio], assim a modos que um trauma, uma mania persecutória, um complexo, uma fobia”. Os argumentos que provam que Fernanda Câncio fez uma óptima descrição de si própria na frase anterior, a acrescentar à própria crónica, estão aqui.
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