Um outro exemplo dessa linguagem ridiculamente eufemística é chamar aos ciganos “as gentes da viagem” (“les gens du voyage”) ou aos franceses da imigração “les français de la diversité”, o que no fim de contas apenas revela mais preconceito. No final do século XIX, princípios do século XX, para evitar o termo “judeus”, considerado pejorativo, passou-se a chamar “israelitas” aos judeus, o que acabou sendo adoptado pelas próprias comunidades. Que esta “delicadeza” de nada serviu, todos sabemos. Como a história o demonstra, camuflar o preconceito não acaba com ele.
Esther Mucznik
Público, 09-09-2010
Sem comentários:
Enviar um comentário