Savonarola (Ferrara, 21 de Setembro de 1452 – Florença, 23 de Maio de 1498) ouviu um sermão de um monge agostiniano (como Lutero também viria a ser) e resolveu renunciar ao mundo e entrar para a ordem dominicana em Bolonha. Isto aconteceu-lhe aos 22 anos. Convenceu-se então de que o mundo e a Igreja estavam em decadência e concentrou-se em práticas ascéticas. Em 1481 ou 1482 foi enviado para Florença, onde imperavam os Médici e florescia a cultura clássica, que muitos conotavam com o paganismo.
Savonarola pregava na Igreja de S. Marcos com tanto sucesso que passado algum tempo, denunciando a tirania de Lorenzo Médici e a degradação dos costumes, consegue instaurar uma democracia teocrática (Cristo era o rei de Florença) alicerçada nas suas ideias – incluindo a queima de livros perniciosos.
O Papa Alexandre VI, pouco amante de ascetismo, como é sabido, chama o frade a Roma, mas este desobedece. Savonarola queria renovar toda a cristandade, e principalmente Roma, a partir de Florença e com o apoio de outros monarcas europeus. Entretanto, a oposição em Florença cresce, impulsionada também por franciscanos, e o mosteiro de São Marcos é assaltado. Savonarola é acusado de heresia e condenado no dia 22 de Maio de 1498. Morre no dia seguinte, enforcado. O seu corpo, com os de outros dois frades, são queimados na Piazza della Signoria. Entretanto, na Alemanha, o jovem Martinho Lutero tem quase 15 anos.
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