Na “Pública” de ontem (15-08-2010), José Diogo Quintela aplica o argumento de Pascal às pulseiras que parece que são moda neste Verão. Excerto da crónica “O senhor das pulseiras”:
"(…) Com a cagança que só os hologramas quânticos programados secretamente dão, a Power Balance tem cada vez mais fiéis. Há os que usam porque são especialistas em campos energéticos e os que usam porque se realmente funcionar, óptimo, ficam com a energia calibrada, se não funciona é indiferente e ainda ganham uma pulseira de brinde. No século XVII, o filósofo e matemático Pascal já tinha usado um argumento semelhante. Dizia que entre acreditar ou não acreditar em Deus, vale mais acreditar e viver de acordo com essa crença, porque se Deus na realidade existe, vai-se para o Céu, se não existe, não se perde nada. Onde antes estava em jogo a salvação da alma, agora está o equilíbrio de um campo energético através de uma pulseira, Perde-se em transcendência, mas ganha-se em estilo. É a teologia aplicada à venda de bugigangas".
O blogue Rerum Natura tem dedicado uns textos à patranha das pulseiras, aqui, aqui e aqui.
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