Ontem referi aqui o inventor da palavra “angosticismo”, Thomas Huxley. Hoje, reparo que no dia 30 de Junho de 1860 (há 150 anos) deu-se um dos mais célebres debates sobre a teoria da evolução, na Universidade de Oxford. De um lado, Thomas Huxley, defensor aguerrido de Darwin, do outro, o bispo (anglicano) Samuel Wilberforce, defensor da verdade das Escrituras.
Diz-se que foi neste debate que Wilberforce (“o melífluo” Sam e popular entre as senhoras da época) disse: “Gostaria de perguntar ao professor Huxley, que julga que descende do macaco e espera a hora de me desfazer em migalhas, de onde lhe vêm as suas origens simiescas, de do lado do seu avô ou da sua avó?”
Afirma Jacques Arnold, em “Requiem por Darwin” (ed. Gráfica de Coimbra 2; livro que há um ano andou muito por este blogue), que o episódio faz parte da “mitologia científica, tal como a maçã de Newton e a tina de Arquimedes”. É difícil separar a realidade da ficção. Para mais, parece que o interlocutor de Wilberforce mais interveniente foi Dalton Hooker e não Thomas Huxley, que no entanto era o principal defensor de Darwin nesta época.
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