Karl Barth, suíço (10 de Maio de 1886 – 10 de Dezembro de 1968), não só é um dos maiores teólogos do século XX (só Karl Rahner a ele se equipara) como é uma grande figura espiritual.
Tanto ensinava nas faculdades – teve de sair da de Bona por se opor à ascensão do nazismo – como nas prisões. Fez parte da Igreja Confessante, em oposição ao Movimento Cristão Alemão (protestantes que apoiavam Hitler). Foi um dos principais redactores da Declaração de Barmen, a resolução fundamental do Primeiro Sínodo Confessante da Igreja Evangélica Alemã (de 29 a 31 de Maio de 1934)
A declaração opunha-se ao nazismo, afirmando: “Nenhum outro poder deve ser reconhecido como revelação de Deus. Como propriedade de Jesus Cristo, a Igreja deve testemunhar sua fé. A Declaração Teológica de Barmen expressa esse testemunho, colocando-se sob a autoridade da Sagrada Escritura. O historiador Arnold Toynbee legou-nos este alerta: Como o homem não pode viver sem algum tipo de religião, a recessão do cristianismo no Ocidente tem sido seguida pelo aparecimento de religiões substitutas na forma das ideologias pós-cristãs, nacionalismo e comunismo. Das três ideologias pós-cristãs, o nacionalismo mostrou-se o mais poderoso. É lamentável que, das três, também seja o mais poderosamente divisor”.
Barth deixou duas grandes obras, a “Carta aos Romanos” e a monumental “Dogmática eclesial” (em vários volumes, incompleta).
Sendo da Igreja Reformada (tradição calvinista), é tido como próximo do catolicismo, principalmente a partir do momento em que se aproxima da analogia da fé como forma de falar de Deus. E esteve no Concílio Vaticano II como convidado, escrevendo a seguir o pequeno volume “Ad Limina Apostolorum”.
A tese de doutoramente de Hans Kung, em 1957, é sobre este teólogo: “Justificação: a doutrina de Karl Barth e uma reflexão católica”.
A Igreja Episcopal dos EUA venera-o no dia 10 de Dezembro.
1 comentário:
Obrigada por fazer memória de Karl Barth
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