A tese aí está, defendida pelo académico alemão Theodor Ebert: René Descartes não morreu de pneumonia, devido à inclemência do clima sueco, mas envenenado por um padre que queria que a rainha Cristina se aproximasse do catolicismo mas temia que Descartes fosse má influência, talvez por causa da dúvida metódica, suponho.
O padre em causa é Jacques Viogué, que terá envenenado Descartes com arsénio ao dar-lhe a Comunhão.
O estudioso alemão da Universidade de Erlangen fundamenta a sua teoria principalmente em dois pormenores:
- o médico de Descartes, Van Wullen, disse ter encontrado algo de estranho na urina do seu paciente (Theodor Ebert diz que seria sangue, como é típico nos envenenamentos por arsénio)
- Descartes, pouco antes de morrer, pediu ao médico algo que lhe fizesse vomitar (estando a par dos conhecimentos médicos da época, Descartes sabia que em caso de envenenamento devia vomitar).
Mas também há quem diga que o católico Descartes (educado pelos jesuítas) foi antes assassinado por clérigos protestantes, esses, sim, temendo uma conversão da rainha que tinha simpatia pelo catolicismo.
No Guardian a tese do alemão. Aqui, a hipótese de ter sido assassinado por protestantes.
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