No dia 5 de Fevereiro de 1576, Henrique de Navarra (1553 – 1610), baptizado católico em criança, mas educado como calvinista em Navarra, repudia publicamente o catolicismo, em Tours (França), juntando-se aos protestantes, mais concretamente aos huguenotes, contra os católicos, na sequência da matança de S. Bartolomeu (24 de Agosto de 1572), em que morreram diversos convidados do casamento de Henrique IV.
Mas a vida dá muitas voltas e, com a morte do Duque de Alençon, Henrique de Navarra torna-se o legítimo pretendente ao trono francês, uma vez que era descendente de Luís IX. Acontece então a “Guerra dos Três Henriques”, pois também Henrique III e Henrique I, duque de Guisa, desejavam o trono.
Com uns assassinatos pelo meio (Henrique III mata o duque de Guisa e um monge fanático mata Henrique III), Henrique de Navarra tem o terreno livre para ser rei de França. Mas havia a questão religiosa. A “liga católica”, liderada por Espanha, não queria um protestante no torno francês (além de ter esperanças em lá colocar uma filha de Filipe II).
Resolvida uma série de complicações, falta Henrique conquistar Paris e é então que, por influência da sua mulher, renuncia ao protestantismo (mais tarde dará liberdade aos huguenotes), tornando-se tudo mais fácil. Reza a história (apócrifa?) que disse na altura: “Paris vale bem uma missa” (“Paris vaut bien une messe”). A renúncia foi no dia 25 de Julho de 1593. A coroação, na Catedral de Chartes, foi no dia 27 de Fevereiro de 1594.
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