23 de Janeiro é um bom dia para os artistas ligados às artes plásticas morrerem. Gustave Doré, mais conhecido pelas suas gravuras (e a “Bíblia de Gustave Doré”, que tem edição em português), morreu neste dia, em 1883. Edvard Munch, de “O grito”, morreu neste dia, mas em 1944. Até o português Rafael Bordalo Pinheiro, pintor, político, caricaturista, criador do “Zé Povinho”, morreu num 23 de Janeiro, em 1905. E em 1989, morreu Salvador Dali. Morreram muitos e nasceu um grande neste dia, Éduard Manet, em 1832.
Destaco, porém, Joseph Beuys, que morreu em 1986 e é considerado um dos artistas mais influentes da segunda metade do séc. XX (além de ter sido fundador do partido verde alemão – depois afastou-se), embora relativamente desconhecido entre nós (ao contrário de Salvador Dali, que os críticos dizem ser um artista menor).
Beuys dizia que "toda a gente é um artista". E ainda: “Libertar as pessoas é o objectivo da arte; portanto, a arte para mim é a ciência da liberdade".
O artista alemão passou uma temporada em Manresa, perto de Barcelona, criando sob inspiração dos “Exercícios Espirituais” e a “Autobiografia” de Inácio de Loyola.
Manresa foi onde o fundador dos jesuítas parou para recuperar dos ferimentos quando ainda era soldado.
Joseph Beuys foi piloto da Luftwaffe durante a II Guerra Mundial e despenhou-se perto da fronteira russa, em 1943. Foi ajudado por tártaros, que o cobriram de gordura e feltro. Estes passariam a ser materiais favoritos da sua criação artística.
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