Portas de Brandenburgo. O Muro ainda de pé
Excerto da crónica de José Pacheco Pereira na “Sábado” desta semana (12 a 18 de Novembro):
“Foi preciso um Presidente americano, o actor burro da série B, um electricista polaco católico e anticomunista e provavelmente agente da CIA, e um Papa reaccionário, “mariano”, também ele polaco e anticomunista à antiga, para deitarem abaixo a coisa. Depois foi preciso um rotundo reaccionário alemão, a «couve», para forçar a «reunificação», contra tudo e contra todos, inclusive contra os brilhantes democratas do SPD, como Willy Brandt, autor da Ostopolitik que caiu com o Muro. (…) Eu sei que, agora, toda a gente esteve contra o Muro, numa daquelas reconstruções da memória em que a comunicação é fértil. Mas não é verdade”.
Trago aqui este apontamento por causa do “Papa reaccionário”, porque, dos que mais contribuíram para a queda do muro, foi este, sem dúvida, o mais esquecido nas recentes comemorações.
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