Porquê o Dia Mundial das Missões em Outubro? Porque Outubro começa sob o signo da Padroeira das Missões. Santa Teresa do Menino Jesus, também conhecida por Santa Teresinha, ou Teresa de Lisieux, morreu num dia 30 de Setembro, 1897. Mas o seu dia comemora-se a 1 de Outubro (30 de Setembro já estava tomado por São Jerónimo).
Teresa nunca pôs um pé em África ou noutra qualquer terra tradicionalmente de missão. Na verdade, era carmelita e nunca saiu do convento. Entrou para o convento aos 15 anos e morreu aos 24.
Pio XI declarou-a padroeira das missões. Fê-lo em 1925. Santa Teresinha foi uma autêntica missionária. Queria ser. Queria muito ter um irmão padre e um dia recebe o pedido de oração de dois missionários. E escreve: “O meu desejo, satisfeito de uma maneira inesperada, fez nascer no meu coração uma alegria, que chamarei infantil, porque é preciso regressar aos dias da minha infância para encontrar a lembrança dessas alegrias tão vivas”.
Por outro lado, e este talvez seja o aspecto mais importante, a oração pelas missões esteve sempre presente no espírito e nas horas de Teresa. Ela rezava para que - cito - “as almas fossem salvas”. É uma linguagem do passado, mas que quer dizer, sem dúvida, “para que as pessoas sejam conduzidas a Deus, para que possam viver melhor, em todas as circunstâncias”.
Outro aspecto da missão de Teresa. Morreu a dizer: "... Minha missão vai começar, minha missão de fazer amado o Bom Deus como eu o amo”. As frases citadas provêm da “História de uma Alma”.
[Até que ponto a nossa linguagem, mesmo para quem se identifica profundamente com a Igreja católica, tem algo em comum com a do séc. XIX? Como rezar pelas missões e pelos missionários sem parecer eurocêntrico, ocidentalocêntrico? Como falar em “salvar a alma”, quando na linguagem comum, mesmo no catolicismo, se omite alma, salvação, redenção, Deus e perdição? E como falar disso sem parecer ridículo? Sendo sério? Com os pés bem assentes neste mundo?]
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