A descoberta da dimensão do futuro é efeito da religião bíblica. Todas as outras religiões do mundo antigo celebravam apenas o terno retorno das origens divinas; estavam orientadas para o modelo do movimento cíclico. Nada de novo acontece debaixo do sol; só é real o o que sempre foi e é eterno. O pensamento bíblico rompeu este ciclo infernal. Para ele, existe a ação e o evento, dão-se inícios realmente novos, que garantem a esperança. A salvação não consiste no começo, mas é uma promessa para o fim da história. O pensamento bíblico eliminou assim o fatalismo do eterno retorno do idêntico.
Walter Kasper, "Introdução à fé", Telos, pág. 172
segunda-feira, 18 de junho de 2012
domingo, 17 de junho de 2012
Fé e futuro
A absoluta ausência de futuro é a essência da morte. Fé sem futuro seria uma fé morta. Revelar-se-ia como irrealizável para o homem aplicado ao amanhã e não conseguiria fascinar ninguém. Também mais ninguém se engajaria por ela. Uma fundamentação da fé, de acordo com a problemática atual, tem de empenhar-se primeiramente em salientar a dimensão do futuro próprio da fé.
Walter Kasper, Introdução à fé, Telos, pág. 172
Walter Kasper, Introdução à fé, Telos, pág. 172
sábado, 16 de junho de 2012
Porta-voz da CEP gosta de futebol
No "Correio da Manhã" de ontem. Um porta-voz tem de estar preparado para as imensas solicitações da imprensa. E mais ainda se o assunto é futebol.
Anselmo Borges: Um homem livre pode acreditar em Deus?
Charles Pépin
Texto de Anselmo Borges no DN de hoje (aqui):
É este o título de um pequeno livro, recentemente publicado, de um prestigiado jovem filósofo francês, Charles Pépin: Un homme libre peut-il croire en Dieu?
Em primeiro lugar, a fé é do foro íntimo livre de cada um, de tal modo que, mesmo que se tente forçar alguém a acreditar ou a abandonar a fé, o que se pode conseguir é que manifeste gestos ou sinais exteriores de fé ou descrença, mas, no seu íntimo, continuará livre para acreditar ou não.
Mas a pergunta quer ir mais longe e mais fundo, pois há dois modos de entendê-la: "o homem é livre de crer em Deus?", e sobretudo: "é possível permanecer um homem livre, crendo em Deus?"
Deus é uma questão livre. Porquê? Deus não é objecto de demonstração científica e, portanto, não sendo possível demonstrar a sua existência, fica entregue à liberdade. Se se pudesse demonstrar a sua existência, não se estaria no plano da fé, do crer, mas do saber. Uma vez que Deus não é demonstrável, é possível acreditar ou não acreditar. Como dizem aliás as próprias palavras crença, que vem de credere, crer, crédito, dar crédito, e fides, fé, confiança, ter confiança.
Nisto, Kant é inultrapassável. Porque o saber científico tem como uma das suas condições que o objecto conhecido seja do domínio da experiência, não se pode demonstrar cientificamente nem que Deus existe nem que não existe. Deus é um postulado da razão prática e objecto de esperança, respondendo à pergunta: o que é que nos é permitido esperar? O homem só age moralmente quando age por dever. Mas, cumprindo o dever, que pode exigir heroicidade e até a morte, merece ser feliz. Ora, só Deus pode ser o garante da harmonia entre o dever cumprido e a felicidade. Exige-se então moralmente que Deus exista.
O acto de fé, que não é cego, pois tem as suas razões, implica, pois, pela sua própria natureza, a liberdade, é um acto livre. Não admira então que Tomás de Aquino tenha escrito que a fé convive com a dúvida. O crente autêntico é aquele que não acredita pura e simplesmente por ouvir dizer ou por educação ou pressão social. Como escreve Pépin, se alguém acredita verdadeiramente, é porque "parou um instante, duvidou, sentiu-se livre e deu esse passo." Certamente, o ateu e o agnóstico, conscientes e também com as suas razões, procederam do mesmo modo.
Aqui, surge a outra pergunta: evidentemente, a fé é um acto livre, mas pode o homem livre continuar livre, crendo em Deus? É que Deus não é um "objecto" qualquer, como os outros: é infinito, omnisciente, omnipotente, criador. Como pode então o homem ser livre, se deve a sua liberdade a Outro, a Deus? Afinal, como escreveu Feuerbach, não é o homem que criou Deus e não o contrário, devendo, portanto, recuperar o que colocou fora dele, alienando-se? Para se poder criar a si mesmo, ser livre para inventar valores, decidir o valor dos valores, ter a liberdade de inventar o sentido da vida, não deve o homem deixar de crer em Deus? Não foi isso que reivindicaram concretamente Sartre, Marx, Nietzsche?
Será necessário responder, perguntando: o que seria uma liberdade que não implicasse a liberdade de crer em Deus? Depois, não é a liberdade total um fantasma? Não reconhece o próprio Sartre que, mesmo sem Deus, estamos sob o olhar do outro? E não postula Marx um sentido pré-existente da História? E Nietzsche não crê no Super-homem?
Mas Pépin vai mais longe, perguntando se a liberdade não é uma invenção do cristianismo, precisamente a partir da fé, no sentido de dar crédito, crer, ter confiança, confiar, que arrastam consigo a dúvida, o direito à dúvida, a legitimidade da hesitação. Foi o cristianismo, e concretamente São Paulo - o homem é justificado pela fé, lê-se na Carta aos Romanos -, que inventou a ideia de que o homem pode crer ou não em Deus, confiar ou não nesse Ser, que é omnipotente e Amor infinito, e essa ideia estende-se ao futuro, a um mundo melhor, a um amigo, a uma mulher. Esta possibilidade de fé face ao Infinito descobre simultaneamente o eu, a pessoa e a sua dignidade. "Um homem livre pode crer em Deus, ou mais precisamente: a questão da liberdade só se põe para este homem que o cristianismo inventou."
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Bíblia 2 – Obras mais encontradas em bibliotecas de 96 países
"Paraíso", segundo Gustave Doré, inspirado em Dante
1 – Bíblia
2 – Census norte-americano de 2000
3 – Mother Gosse, Tomie de Paola
4 – Divina Comédia, Dante
5 – Odisseia, Homero
6 – Ilíada, Homero
7 – Aventuras de Huckleberry Finn, Mark Twain
8 – O Senhor dos Anéis, J. R. R. Tolkien
9 – Hamlet, Shakespeare
10 – Alice no País das Maravilhas, Lewis Carrol
Fonte: Almanaque Bertrand 2012/13. E O Principezinho?
Prelatura para os lefebvrianos
Bernard Fellay, líder da Fraternidade Sacerdotal São Pio X
A Santa Sé oferece uma prelatura pessoal (será a segunda, depois da do Opus Dei) aos lefebvrianos (Fraternidade Sacerdotal São Pio X), desde que estes aceitem o II Concílio do Vaticano - o que me parece um pedir-lhes que neguem o que essencialmente são.
Talvez se consiga - e o caminho tem vindo a ser feito por muitos responsáveis eclesiais - uma interpretação tão larga e geral do concílio que os lefebvrianos acabem por entrar sem mudarem grande coisa. Esses serão os lefebvrianos católicos. Restarão os lefebvrianos lefebvrianos, aqueles que apesar das concessões, continuarão a recusar abertamente o concílio, pelo que trilharão o seu próprio caminho até daqui a uns anos se criar uma nova prelatura para o neocisma dos novos lefebvrianos.
Há duas maneiras básicas de olhar para este esforço da Igreja, principalmente de Bento XVI:
- A união é na Igreja de Cristo é prioritária. Como a Igreja tem uma portas muito largas, todos cabem. E o pastor, o Papa, tem de ir ao encontro da ovelha perdida, ainda por cima, uma ovelha de bons princípios e boas famílias. E as luvas vermelhas, os mantos de sete metros e os celebrantes de costas para o povo têm adeptos entre os católicos.
- A união na Igreja de Cristo é outra coisa. É à volta de Cristo, não de uma igreja. Os lefebvrianos trilhem o seu próprio caminho, porque qualquer concílio deixa sempre meia dúzia de irredutíveis descontentes. A união da Igreja de Cristo é uma união de amizades, com luteranos, presbiterianos, anglicanos e, por que não?, lefebvrianos, quando eles perderem os tiques de seita.
O maior problema
"A História - o nosso maior problema"
Título de um capítulo de "Introdução à fé", de Walter Kasper.
Título de um capítulo de "Introdução à fé", de Walter Kasper.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Bíblia 1 - Top ten dos livros mais lidos
Ler aqui, pelo escritor James Chapman, breves notas sobre cada um destes livros. Note-se que só são contabilizados os livros vendidos. Presumo que se contassem as Bíblias oferecidas a distância do primeiro para o segundo seria maior.
Quantos destes já leu? Só li dois por inteiro. E umas páginas dispersas de mais quatro. Da lista só me interessa ler, completamente, mais um.
Descobertas 29 homilias inéditas de Orígenes
Notícia admirável, no "L'Osservatore Romano" (aqui), sobre um dos maiores teólogos de sempre, apesar de condenado pela oficialidade do tempo:
Con toda probabilidad es el descubrimiento del siglo el que realizó una filóloga italiana en la biblioteca de Múnich, anunciado ayer por la misma Bayerische Staatsbibliothek. En la tarde del pasado día 5 de abril, Jueves santo, estudiando un códice bizantino del siglo XI, el Monacense greco 314, Marina Molin Pradel se dio cuenta de que algunas homilías sobre los Salmos contenidas en él correspondían a las de Orígenes traducidas al latín por Rufino a inicios del siglo V. E inmediatamente después de Pascua, extendiendo los controles sobre el manuscrito, la estudiosa llegó a la conclusión de que todas las veintinueve homilías contenidas en el códice, hasta ahora inéditas, son del gran intelectual cristiano. En la primera mitad del siglo III, Orígenes había dictado sobre el Salterio una serie imponente de obras que pronto ejercieron un influjo decisivo sobre la exégesis bíblica, tanto griega como latina. Pero precisamente su extensión, además de la condena del año 553, explica su pérdida casi total, ya en época antigua.De Orígenes diz Kung (ups!), citando Balthasar (ah!)*:
Segundo diz Balthasar, nenhum dos grandes teólogos, desde os capadócios a Agostinho, de Dionísio a Máximo, de Escoto Eriúgena a Eckhart, «tinha sido capaz de resistir ao fascínio quase mágico do "homem de aço"» - segundo eles se lhe referiam. Alguns sucumbiram-lhe completamente: «Se se retirar a Eusébio o brilho de Orígenes, ficaremos apenas com um teólogo mediano e um historiador aplicado. Jerónimo limita-se a transcrevê-lo, nos seus comentários da Escritura, mesmo depois de, com uma aparente dureza e revolta, ter rompido a ligação com o seu mestre. Basílio e Gregório de Nazianzo recolhem com uma admiração entusiástica as passagens mais sedutoras da obra imensa daquele a quem eles próprios recorriam, sempre que a luta quotidiana lhes permitia um momento de descanso. Gregório de Nissa deixou-se seduzir por ele mais profundamente ainda. Os escritos dos capadócios transmitem-no quase integralmente. A maior parte dos textos do Breviário, compostos por Ambrósio (assim como os de Jerónimo e de Beda), que o conheceu diretamente e que o transcreve, não passam de citações praticamente literais de textos de Orígenes» (pág. 46 de "Os grandes pensadores do Cristianismo", ed. Presença).* O ups e o ah são dedicados a alguns leitores especiais. Eles sabem quem são.
Mais uma do Gaspar
A renovação da fé não pode acontecer, nem através da
conservação de uma mentalidade pré-crítica, nem pelo acolhimento acrítico de
todos os novos desenvolvimentos. A atualização da fé exige que se ponha em relevo
o seu elemento crítico, isto é, a sua dimensão de conversão. Sem a renovação a
partir do espírito de oração e da penitência, não é possível uma transformação exterior
da Igreja. A tragédia de muitas tentativas atuais de renovação reside em querer
uma sem a outra.
Walter Kasper, "Introdução à fé”, Telos, pág. 89
Razão e fé
A fé na razão está sujeita a parecer racionalmente tão insustentável como qualquer outra fé.
Miguel de Unamuno
A ler esta frase pensei instintivamente: "Que vidente!"
Imagem: Estátua na sua casa salmantina, onde terminou os seus dias.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
José Saramago, escritor de igrejas
A Fundação José Saramago abriu hoje ao público, em Lisboa, na Casa dos Bicos. Vai-me ficar sempre na memória que foi no dia de Santo António.
Li hoje de manhã que quem entra da Fundação, numa das primeiras salas, dá com os livros traduzidos por José Saramago. Deve lá estar este:
Este clássico de Georges Duby, que continua nas livrarias, ainda que com outra capa, foi publicado originalmente em 1966-67, em três álbuns, na Suíça, e só em 1976 na França. Chegou a Portugal, pela Estampa, em 1979.
Será que Saramago se inspirou nesta obra para escrever o "Memorial do Convento", romance publicado em 1982? Pelo menos quanto às questões técnicas, é bem possível. E dos séculos X-XIV para o séc. XVIII a técnica das grandes construções não mudou assim tanto. Deve ter trabalhado nas duas obras, livros, ao mesmo tempo.
Como só li as primeiras páginas da obra de Saramago e alguns capítulos desta, não posso afirmar mais nada.
Li hoje de manhã que quem entra da Fundação, numa das primeiras salas, dá com os livros traduzidos por José Saramago. Deve lá estar este:
Este clássico de Georges Duby, que continua nas livrarias, ainda que com outra capa, foi publicado originalmente em 1966-67, em três álbuns, na Suíça, e só em 1976 na França. Chegou a Portugal, pela Estampa, em 1979.
Será que Saramago se inspirou nesta obra para escrever o "Memorial do Convento", romance publicado em 1982? Pelo menos quanto às questões técnicas, é bem possível. E dos séculos X-XIV para o séc. XVIII a técnica das grandes construções não mudou assim tanto. Deve ter trabalhado nas duas obras, livros, ao mesmo tempo.
Como só li as primeiras páginas da obra de Saramago e alguns capítulos desta, não posso afirmar mais nada.
Mulheres 1 - O Papa feminista
Gosto das catequeses de Bento XVI, daquelas que começaram nos Apóstolos e continuaram pelos grandes teólogos, mas só até Afonso Maria de Ligório (séc. XVIII).
Entretanto, o Papa também foi falando das mulheres teólogas, aí por finais de 2010 e inícios de 2011. Nunca usou a expressão, mas o sentido é esse, mulheres teólogas, ainda que nenhuma tivesse ensinado em qualquer faculdade.
As catequeses estão publicadas em livro, na Paulus. Diz a capa que se trata de "figuras femininas da Idade Média", mas inclui Teresa de Ávila (séc. XVI) e Teresa de Lisieux (séc. XIX). Ou, como alguns gostam de dizer, a Teresona e a Teresinha. Às medievais, Bento XVI acrescentou estas duas doutoras da Igreja (a terceira é a leiga Catarina de Sena). Isto, quando se prepara para declarar uma quarta, Hildegarda de Bingen, a quem dedicou as duas catequese que abrem este livro (homens doutores são 30 e, em breve, 31).
Gosto das catequeses porque, na realidade, não são catequeses mas pequenas palestras de cultura teológica. Ora, logo na primeira, a propósito da mística renana, diz o Papa:
"(...) Vemos que também a teologia pode receber uma contribuição peculiar das mulheres, porque são capazes de falar de Deus e dos mistérios da fé com a sua singular inteligência e sensibilidade" (pág. 12).Quem diria... As feministas devem estar aos saltos de contente por causa deste reconhecimento papal. As freiras (estou a pensar em três freiras teólogas dos EUA que têm visto o seu trabalho teológico criticado e mesmo condenado pelo Vaticano) e as mulheres em geral estavam mesmo a precisar da bênção beneditina. Acontece é que, provavelmente, há muito não o ouvem. A própria frase papal dá razões para isso.
Já que hoje só se fala de futebol
Estreou em Buenos Aires a peça de teatro "A filha de Deus". É protagonizada por Dalma Maradona, filha mais velha de Diego Maradona, o deus a que se refere a peça.
A peça é de Erika Halvorsen e conta peripécias, anedotas e histórias do futebolista. A estreia foi ontem. Não sei se Maradona esteve presente, mas a filha, na antevisão, disse: "Se Deus quiser, ele estará aqui no dia 12". A autora e encenadora emendou: "Se ele quiser".
E o título e a peça lembram-me que já existe uma igreja maradoniana (parece que foi criada no rescaldo da desilusão que representou para alguns a eleição de Pelé como melhor futebolista de sempre), que tem como dia de Páscoa o 22 de junho (quando Maradona marcou com "la mano de Dios" o golo à Inglaterra, no México 86) e um tetagrama sagrado, D10S - "Dios" mais o 10 da camisola.
A peça é de Erika Halvorsen e conta peripécias, anedotas e histórias do futebolista. A estreia foi ontem. Não sei se Maradona esteve presente, mas a filha, na antevisão, disse: "Se Deus quiser, ele estará aqui no dia 12". A autora e encenadora emendou: "Se ele quiser".
E o título e a peça lembram-me que já existe uma igreja maradoniana (parece que foi criada no rescaldo da desilusão que representou para alguns a eleição de Pelé como melhor futebolista de sempre), que tem como dia de Páscoa o 22 de junho (quando Maradona marcou com "la mano de Dios" o golo à Inglaterra, no México 86) e um tetagrama sagrado, D10S - "Dios" mais o 10 da camisola.
Fé, credulidade e crítica
A fé não se identifica com a credulidade fácil e cega, nem com o simplismo acrítico. Não está em contradição com o pensamento critico; encontram-se ambos em estreita aliança. Uma fé desprovida do elemento crítico tornar-se-ia insípida e impotente.
Walter Kasper, "Introdução à fé", Telos, pág. 89
terça-feira, 12 de junho de 2012
Cardeal Marc Ouellet na linha de partida
Sandro Magister, no sítio Chiesa, diz que o cardeal canadiano
Marc Ouellet, um ratzingeriano, está bem posicionado para ser Bento 17.
Com a metamorfose no processo do catolicismo mundial, para quem quiser fazer um trabalho de escola, atualmente, o candidato ao papado que mais se ajusta é, sem sombra de dúvida, o cardeal Marc Ouellet, de 68 anos, plurilíngue, canadense, ex-arcebispo de Quebec, ou seja, de umas das regiões mais secularizadas do planeta. Um valente teólogo, de escola ratzingeriana, hoje prefeito da congregação vaticana que escolhe os novos bispos e, sobretudo, por muitos anos, missionário na América Latina.
Ler tudo aqui, incluindo o porquê de a Igreja católica ser
como a Fiat-Chrysler. Mesmo assim prefiro o Scola e ainda mais o Ravasi.
Quem disse isto? (7)
Quem escreveu isto?
Na disputa acerca de ortodoxia e ortopraxia, dividem-se os grupos de índole mais conservadora e de impulso mais progressista. Aquele preocupa-se mais com a defesa da fé transmitida de uma vez por todas; este empenha-se mais pela realização da fé na atualidade. Nas mútuas acusações de heresia e condenação, existe entre ambos um funcionamento comum muito maior do que a consciência que dele habitualmente se tem.
a) Walter Kasper, na época em que era o maior teólogo católico vivo.
b) Hans Kung, para a seguir realçar a ortopraxia.
c) Timothy Radcliffe, antes de falar de católicos da Comunhão e católicos do Reino.
d) Joseph Ratzinger, para a seguir defender a ortodoxia.
Resposta: a) Walter Kasper, na pág. 95 de "Introdução à Fé", ed. Telos (edição portuguesa de 1973).
Na disputa acerca de ortodoxia e ortopraxia, dividem-se os grupos de índole mais conservadora e de impulso mais progressista. Aquele preocupa-se mais com a defesa da fé transmitida de uma vez por todas; este empenha-se mais pela realização da fé na atualidade. Nas mútuas acusações de heresia e condenação, existe entre ambos um funcionamento comum muito maior do que a consciência que dele habitualmente se tem.
a) Walter Kasper, na época em que era o maior teólogo católico vivo.
b) Hans Kung, para a seguir realçar a ortopraxia.
c) Timothy Radcliffe, antes de falar de católicos da Comunhão e católicos do Reino.
d) Joseph Ratzinger, para a seguir defender a ortodoxia.
Resposta: a) Walter Kasper, na pág. 95 de "Introdução à Fé", ed. Telos (edição portuguesa de 1973).
12 de junho de 1036. Morre Teobaldo d’Arezzo, o patrocinador da música ocidental
Edição recente da obra de Guido dedicada a Teobaldo
Teobaldo viveu entre 990, mais coisa menos coisa, e 1036. Foi
bispo de Arezzo durante 13 anos, até à morte, a 12 de junho de 1036. Gostava de
música, pois convidou Guido (992-1050) para ensaiar os cantores da
sua catedral.
Guido d’Arezzo, o inventor da pauta musical e do nome das
sete notas (no início, a primeira era “ut”; mudou para “dó” por influência do
egocêntrico Giuseppe Doni, segundo uns, ou por ser o princípio de “Dominus”, Senhor,
segundo outros) dedicou a este bispo o seu tratado musical “Micrologus”. Não
foi nesta obra, um tratado sobre o canto gregoriano e os rudimentos da polifonia, que criou os dispositivos que mudaram a música, mas o patrocínio
do bispo à atividade de Guido foi decerto determinante.
segunda-feira, 11 de junho de 2012
O banco na Bola. E não é o dos suplentes.
Texto do jornal "A Bola". Sim, d'"A Bola" de hoje. Pode não ser verdade, mas já ninguém livra o IOR das suspeitas. Aliás, elas vêm de longe.
Talvez o Vaticano precise de um banco ou de algo parecido para que o dinheiro circule. Mas não poderia usar os serviços de qualquer outro banco? A soberania do Estado estaria em causa? Isto precisa de mudar.
Talvez o Vaticano precise de um banco ou de algo parecido para que o dinheiro circule. Mas não poderia usar os serviços de qualquer outro banco? A soberania do Estado estaria em causa? Isto precisa de mudar.
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Sinodalidade e sinonulidade
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